Nº 773

 

Eu acredito em milagres
Não compreendo por que razão os milagres acontecem, nem que sentido possam ter, nem porque parece que sucedem só a uns e não a outros... Ou será que acontecem a todos?
Admiro a simplicidade dos milagres. Passam sempre despercebidos à maior parte das pessoas. Até mesmo a quem os recebe. Por vezes, dão-se apenas num olhar. Numa palavra. Num gesto. Outras vezes, numa tempestade que chega ou num nevoeiro que desaparece... pouco importa!
Surpreendente é a fé dos que os negam... acreditam que tudo é mera obra do acaso. Sem se darem conta de que isso seria até um milagre maior!
Os milagres acontecem... e são tantos quantos os mistérios da vida.
Há um chão suave, mas firme que impede que a queda no abismo não tenha fim... uma luz que ilumina o caminho de volta... e umas asas que nos fazem voar até casa... e há um sorriso nos olhos de quem chorou. E há sempre muita gente que não dá conta de nada disto...
Um breve instante é suficiente para que nos chegue o que durante muito tempo nos foi negado.
Os milagres têm sempre uma história. São um encontro difícil e demorado entre duas vontades livres, que, de repente, se dá.
Não importa se o considerámos impossível ou que até o possamos ter esquecido... se for o momento, sucederá. Sempre de forma subtil. Discreta. Escondida, paciente e perfeita.
Há noites e dias, dores e alegrias... Há portas que não precisam de fechadura e janelas que nunca se fecham.
Sei que mesmo quando me calo, tu ouves... e, até mesmo antes de mim, tu já sabes.
E eis que num silêncio sem fim alguém me diz: Chora, mas não te destruas. Eu amo-te.
José Luís Nunes Martins
 
I DOMINGO ADVENTO
A liturgia deste domingo apresenta um apelo veemente à vigilância. O cristão não deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina; mas deve caminhar, sempre atento e sempre vigilante, preparado para acolher o Senhor que vem e para responder aos seus desafios.

 

 A primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e nações – a dirigirem-se à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com o Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de paz sem fim.

 

 A segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da salvação.

 

 O Evangelho apela à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres que alienam, nem se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa passividade que lhe rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto que passa, atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus desafios, cumprindo o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.
Dehonianos

 

 
MEDITAR
 
Salmo 122
 
Cântico das Subidas
 
Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
Os nossos passos só param às tuas portas, Jerusalém!
 
Ah, Jerusalém…
a bem feita,
a coisa mais linda que já foi construída.
 
As tribos do Senhor sobem todas para lá,
para cumprir os costumes de Israel,
para louvar o Nome do Senhor.
 
É lá que estão os tronos donde se faz Justiça,
a Justiça segundo o coração de David e a sua descendência.
 
Pedi a paz para Jerusalém!
Que os que gostam dela vivam em paz entre si
e aqueles que lá vivem tenham descanso
dentro das suas muralhas e das suas casas.
 
Por amor a todos os meus irmãos e todos os meus amigos,
vou dizer a todos
“Paz contigo!”
Por amor à casa do Senhor, o nosso Deus,
vou pedir a felicidade e a paz para ti. 
Rui Santiago cssr
 
 
 
 CONTO (630)
 
AS CASA SUBMERSAS
Um dia aconteceu algo na aldeia que deixou a todos admirados. Viram que as suas casas se iam afundando pouco a pouco. E o pior era que, cada dia que amanhecia, elas estavam cada vez mais submersas.
Não percebiam a razão de ser desse fenómeno. E muito menos percebiam por que é que havia uma casa que não se afundava como as outras. Essa casa pertencia a uma família simples que vivia sem luxos.
Foram consultar essa família e perguntaram o que tinham feito para que a sua casa se mantivesse intacta. O dono disse:
- A verdade é que eu também não sei muito bem. Sei apenas que não tenho enchido a minha casa com todas essas coisas que hoje se compram, a maior parte delas supérfluas. Talvez tenhais acumulado demasiadas coisas em vossas casas!
As pessoas ficaram impressionadas com esta explicação e decidiram tirar de dentro de suas casas todos os bens supérfluos que tinham comprado e aconteceu o que todos desejavam: as casas voltaram a ficar ao nível do solo.
 In TUTTI FRUTTI  de Pedrosa Ferreira

 

Ficai, pois, a saber que não existe nada mais sublime e forte, mais saudável e benéfico para o futuro da nossa vida do que uma boa recordação, especialmente da infância.
Falam-nos muito de educação, mas uma bela e sagrada memória, guardada desde a infância, é talvez a melhor educação.
Se uma pessoa acumular muitas recordações dessas nos primeiros anos, será salva para o resto da vida. Mesmo que haja apenas uma única lembrança boa no nosso coração, pode um dia servir para que nos salvemos.
 
F. Dostoiévski, in Os Irmãos Karamázov

 

FESTA DE SANTA BÁRBARA - MANADAS
TRÍDUO - 28, 29 e 30 de novembro - Eucaristia às 19 horas.
                     29 de novembro - Confissões às 17h30 às 19 horas.
 
FESTA dia 4 de dezembro - Eucaristia de festa às 15 horas seguida                                                      de Procissão.
 
VISITA AOS DOENTES
Quarta-feira, 30 de novembro, o pároco irá visitar os doentes das Manadas a partir da 16h00.
 
 

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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