Nº 765
OS ANJOS
Por estes dias, a igreja celebrou a festa dos Anjos. Uns da guarda e outros que aparecem na Bíblia como mandados de Deus em auxílio das pessoas.
Como o padroeiro da Ribeira d’Areia, lugar pequeno e de pouca gente, o qual o Papa Francisco chamaria de periferia, tem como padroeiro São Miguel Arcanjo, um dos mandados de Deus em nosso auxílio, lembrei-me de uma pergunta que me fizeram, esta gente nova que me interpela todos os dias.
O Senhor Padre acredita em anjos?
- Sim acredito. Acredito naqueles que não têm asas e que nos acompanham todos os dias. Têm vários nomes e missões na nossa vida. Chamam-se pai e mãe, irmãos, tios e tias, amigos, vizinhos, professores, médicos, auxiliares de educação e sei lá que mais.
São os que nos amparam e animam, ajudam nas nossas dificuldades, estão prontos a dar um bom conselho ou uma palavra de reprimenda, dão-nos sorrisos e carinho. Dão-nos paz interior e estão sempre ao nosso lado quando nos espreita o perigo.
São aqueles que não esperaram nada em troca, não são interesseiros mas dão-se com toda a bondade e sentido de serviço. Esperam sempre o melhor para nós e esse melhor é como se fosse feito a eles mesmo quando o sentem dentro do sofrimento e da tristeza.
São anjos que caminham a nosso lado, que nos acompanham sem nós darmos por isso. Vão silenciosos com o desejo de nos amparar quando caímos nas malhas do mundo e nos perigos, que constantemente nos espreitam e aliciam.
Aprecio estes anjos porque estão sempre prontos mesmo quando nos esquecemos e os magoamos. Sei que estão lá sentados ou de pé, sempre desejando o regresso e com o abraço do perdão e da compreensão. Não esperam a justificação porque o que importa é voltar, novamente, para a vida nova de procura de felicidade.
Os anjos da nossa vida têm estes nomes e tomam estas atitudes. São anjos alegres quando veem a nossa alegria e animam-nos nas nossas tristezas e dificuldades. Esquecem-se de si mesmos para fazer existir o que tem falta.
Estes anjos não vêm nos calendários e não são nomeados, mas conhecemos os seus nomes e temos de ser gratos por fazerem parte de nossas vidas.
Pe. Manuel António
XXVIII DOMINGO TEMPO COMUM
A primeira leitura apresenta-nos a história de um leproso (o sírio Naamã). O episódio revela que só Jahwéh oferece ao homem a vida e a salvação, sem limites nem exceções; ao homem resta acolher o dom de Deus, reconhecê-l’O como o único salvador e manifestar-Lhe gratidão.
O Evangelho apresenta-nos um grupo de leprosos que se encontram com Jesus e que através de Jesus descobrem a misericórdia e o amor de Deus. Eles representam toda a humanidade, envolvida pela miséria e pelo sofrimento, sobre quem Deus derrama a sua bondade, o seu amor, a sua salvação. Também aqui se chama a atenção para a resposta do homem ao dom de Deus: todos os que experimentam a salvação que Deus oferece devem reconhecer o dom, acolhê-lo e manifestar a Deus a sua gratidão.
A segunda leitura define a existência cristã como identificação com Cristo. Quem acolhe o dom de Deus torna-se discípulo: identifica-se com Cristo, vive no amor e na entrega aos irmãos e chega à vida nova da ressurreição.
Dehonianos
MEDITAR
Confissão de fé do Povo de Deus Mulheres e homens, de muitos sangues, porém de um só coração e numa mesma Pátria Grande, Te confessamos e Te amamos como o Coração do Céu e o Coração da Terra, em todos os tempos adorado por todas as culturas, caminho em todos os caminhos dos Povos. Confiamos na força e no júbilo do teu Espírito, que nos sustenta e nos impulsa e nos faz cantar e dançar e nos leva pelas veredas da utopia, apesar da dor e contra o império da destruição. Sabemos que vencerá os ídolos da morte, adorados no lucro e na prepotência, assassinos de milhões de vidas, meninas e adultas, em nosso continente e em todo o Terceiro Mundo. Cremos que nos amas, porque és o Amor. Sabemos que nos queres sempre mais semelhantes a Ti, Vida, Presença e Comunhão, mulheres novas e homens novos, na comunidade fraterna de teu Povo, a caminho da Terra sem males, o novo Céu e a nova Terra que nos tens preparado como herança. Dom Pedro Casaldáliga
A liturgia deste domingo mostra-nos, com exemplos concretos, como Deus tem um projeto de salvação para oferecer a todos os homens, sem exceção; reconhecer o dom de Deus, acolhê-lo com amor e gratidão, é a condição para vencer a alienação, o sofrimento, o afastamento de Deus e dos irmãos e chegar à vida plena.
Quando percebemos que a importância dos bens materiais depende do valor que nós próprios lhe damos, com certeza olharemos para eles de outra maneira, fazendo-nos sentir livres e felizes… É outra lógica, outra escala de valores, como dizia Epicuro: “Queres ser rico? Pois não te preocupes em aumentar os teus bens, mas sim em diminuir a tua cobiça.”
Grão de Mostarda
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Nº 1170Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
“ENSINAR É AMAR”
"Ser professor é dar-se (...) Tens muito que fazer? – Não; tenho muito que amar. Não entendo ser professor de outra maneira. (...)
Para ser professor, também é preciso ter as mãos purificadas. A toda a hora temos de tocar em flores. A toda a hora a Poesia nos visita. O aluno acredita em nós e não deve acreditar em vão. Impõe-se-nos que mereçamos, com a nossa, a pureza dos nossos alunos; que a nossa alimente a deles, a mantenha. (...)
Sejamos a lição em pessoa – que é isso mais importante e mais eficaz que sermos o papel onde a lição está escrita; e possamos dizer sem constrangimento: Deixai-as vir a mim, as criancinhas…”
Sebastião da Gama, in Diário
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