Nº 756

 

A TI CONFESSO
Senhor, a ti, com humildade, arrependimento e verdade, confesso:
O orgulho de quem, tantas vezes, se esquece que os problemas dos outros e a vida dos outros são bem mais complicados que os meus e bem mais difícil que a minha.
A arrogância de quem nem sempre consegue perdoar os outros, ou a si mesma, quando Tu, por amor, a todos perdoas. 
A indiferença de quem desvia o olhar para não ver, ou de quem tapa os ouvidos para não ouvir, o que tens para me mostrar, ou para me dizer, no rosto e na vida das pessoas que cruzam o meu caminho.
O peso insustentável de quem se leva demasiado a sério e de quem não compreende a leveza e a beleza da sua pequenez no universo da tua criação. 
A independência de quem se esquece, nem que seja por um momento, que tu és a Vida que gera, alimenta e sustenta a minha.
A soberba de quem acha que a nossa relação é tão especial que dispensa os formalismos e preceitos que pedes a todos os teus discípulos. 
A impaciência de achar que a vida tem que acontecer à velocidade da insensatez do meu tempo e não ao ritmo harmonioso da sabedoria do teu. 
O comodismo de quem nem sempre deixa que a tua Palavra me comova, me desinstale e me transforme.
A preguiça de lutar contra a dureza do meu coração que me impede, tantas vezes, de me comover com o sofrimento alheio e de amar, só por amar, as pessoas como elas são e não como gostaria que elas fossem. 
A descrença de quem se deixa paralisar pelos abismos do medo em vez de se abandonar confiadamente à segurança da tua bondade, ao abraço da tua misericórdia e à alegria redentora do teu amor. 
A irresponsabilidade de quem se demite do teu kerigma, que a todos compromete, esquecendo que quem é feito "à tua imagem e semelhança" (cf Gn 1, 26) tem o dever de ser portador da tua luz para dissipar as trevas de um mundo que perdeu a esperança, ser sinal da tua alegria para consolar e contagiar os que andam tristes e ser o abraço da tua paz, capaz de apaziguar o mar de tribulações daqueles que andam desesperadamente à deriva. 

 

Senhor, porque és tão bom, tenho muita pena de te ter ofendido. Ajuda-me a libertar-me dos pensamentos, palavras, atos e omissões que me afastam do teu amor para, de novo, recomeçar a viver a alegria do teu Evangelho, amando como Tu nos amas, perdoando como Tu nos perdoas e servindo como Tu nos serviste, na pessoa de teu Filho, nosso irmão e redentor, Jesus Cristo.

 

Raquel Dias
 
XVIII DOMINGO TEMPO COMUM
O que vale mais
Jesus fala-nos de alguém que pensava ter assegurado o mais importante da sua vida mas afinal estava iludido.

 

Faz-me recordar um episódio antigo:

 

Um conferencista surpreendeu a assembleia: Pegou num frasco de boca larga, colocou-o junto a uma bandeja com pedras do tamanho de um punho e perguntou: Quantas pedras pensam que cabem neste frasco? Depois dos assistentes fazerem as conjeturas, começou a enchê-lo com pedras. Perguntou então: Está cheio? Toda a gente disse que sim.

 

Tirou debaixo um saco de gravilha e começou a metê-la no frasco. Agitou-o. As pedrinhas penetraram por entre as maiores. De novo perguntou se estava cheio. Desta vez duvidaram. Em seguida começou a deitar areia dentro do frasco. Esta infiltrou-se pelos espaços vazios. Está cheio? Claro que não! Pegou num jarro com água e verteu-a dentro do frasco que absorveu sem transbordar.

 

- O que acabámos de demonstrar?

 

- Que não importa se a nossa agenda está cheia. Se quisermos, sempre conseguimos com que caibam mais coisas.

 

- Não – corrigiu o especialista – O que se conclui é que se não colocamos primeiro as pedras grandes, nunca poderemos colocá-las depois.

 

Quais são as pedras grandes da tua vida, aquilo que realmente vale? Põe-nas sempre em primeiro. O resto encontrará o seu lugar.

 

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

 
MEDITAR
 

 

Hino ao Amor

 

 

 

Se eu tivesse em mim

 

todas as emissoras,

 

os palcos de rock do mundo inteiro,

 

os altares e cátedras

 

e os parlamentos todos, mas não tivesse Amor,

 

seria... apenas ruído, ruído no ruído.

 

 

 

Se tivesse o dom de adivinhar

 

e o dom de encher os estádios

 

e de fazer curas milagrosas

 

e uma suposta fé, capaz de transportar

 

qualquer montanha,

 

mas não tivesse Amor,

 

eu seria apenas... um circo religioso.

 

 

 

Se eu distribuísse,

 

em cabazes do Natal

 

e em badalados gestos caritativos,

 

os bens que ganhei

 

- bem? mal? quem sabe? quem não sabe? -

 

e fosse até capaz de gastar a minha saúde

 

para ser mais eficiente, mas não tivesse Amor,

 

eu seria apenas... imagem entre imagens.

 

 

 

D. Pedro Casaldáliga

 

 
CONTO (615)
 
UMA FLOR RARA
Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida. O estranho é que ela não conseguia conciliar isso tudo, o trabalho e os afazeres ocupavam-lhe todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas.
Se o trabalho lhe ocupava muito tempo, ela ficava sem tempo para os filhos e marido… E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para trás.
Um dia, o pai, que era homem sábio, deu –lhe um presente: uma flor muito cara e muito rara, da qual havia apenas um exemplar em todo o mundo.
O pai disse-lhe:
 – Filha, esta flor vai-te ajudar muito mais do que tu imaginas! Terá apenas de regá-la e podá-la de vez em quando, às vezes conversar um pouco com ela, e ela dar-te-á em troca o seu perfume maravilhoso e essas lindas flores. A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho ocupava o seu tempo, e a sua vida, que continuava ocupada, não permitia cuidar da flor.
Ela chegava a casa, olhava para a planta e as flores ainda lá estavam, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas e perfumadas.Então ela pensava que estava tudo bem. Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou a casa e apanhou um susto! A planta estava completamente morta, as suas raízes estavam secas, as suas flores caídas e as folhas amarelas. A jovem chorou muito, e contou ao pai o que lhe tinha contecido.
O pai disse-lhe:
– Eu já imaginava que isso ia acontecer, e eu não te posso dar outra flor, porque não existe outra igual a ela no mundo, ela era única, assim como os teus filhos, o teu marido e a tua família. Todos são uma bênçãos que o Senhor te deu, mas tu tens de aprender a regá-los, podá-los e dar-lhes atenção, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Tu acostumaste-te a ver a flor sempre no mesmo lugar, sempre florida, sempre perfumada, e esqueceste-te de cuidar dela. Cuida das pessoas que tu amas!

 

 

O amor é horizonte
O amor é bondade
Do amor vive sempre a justiça
Do amor vem a sede de amor
Só no amor se rompem as fronteiras da indiferença
SÓ O AMOR NOS UNE.
 
O amor é transparente
O amor enxuga as lágrimas
Do amor são as manhãs confiantes
Do amor nascem caminhos de vida
Só no amor se rompem as fronteiras da indiferença
SÓ O AMOR NOS UNE.
 Da reflexão do encontro grão de mostarda 2016

 


 

 
FESTA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES
NORTE GRANDE
Tríduo: Dias 2, 3 e 4 de agosto às 20h.
 
Dia 7 de agosto
            - Missa de festa às 13h00 e Procissão às 19h30m.

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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