Nº 703

ENTRE AS MÃOS DA VIDA
A tragédia chega quase sempre sem aviso. Nos primeiros momentos, parece que se trata do fim não só do nosso mundo como do mundo inteiro – como se a nossa desgraça fosse um sinal de que tudo está prestes a perder o sentido.
Segue-se a sensação de injustiça profunda. Só a mim me acontecem desgraças atrás de desgraças, intervaladas por períodos de pausa apenas para que as quedas me doam ainda mais…
Algum tempo depois, uma serenidade mais consciente e sensata revela-nos que há mais gente como nós, a sofrer como nós, alguns... bem pior.
Não somos os primeiros a quem as noites chegam a meio de um dia calmo. Nem os últimos a quem tudo parece sem sentido até que na escuridão se faz luz e, por breves momentos, tudo o que estava oculto se descobre... e, afinal, há sentido.
O mais terrível das tragédias é que ninguém tem culpa. Não há culpa, não há desculpa.
Também assim é nos melhores momentos. Quase sempre chegam sem grandes avisos e parece que tudo o que havia no mundo de cinzento ganhou cor. Desejamos e sentimos que mesmo os que estão mal em breve ficarão bem.
Mas a verdade é outra: a nossa existência é um caminho contínuo. Com altos e baixos, mas que, em momento algum, deixa de progredir. O tempo nunca se detém. Conforme nos vamos afastando, melhor compreendemos que os altos e baixos não são outra coisa senão partes do nosso caminho. A realidade é que nos deslocamos a uma velocidade constante, não para cima e para baixo, mas para diante. Rumo ao mistério do que não tem fim.
A minha vida não é um conjunto de sonhos e pesadelos, antes um caminho simples, que passa por montes e vales, mas que é maior do que eles.
Esta nossa vida é excelente. Não pelos momentos que nos enchem de alegria, nem pelos sofrimentos que temos de suportar... antes pela longa jornada entre os absolutos mistérios do nascimento e da morte.
A verdade é a vida, a vida é o meu caminho, e é por este caminho que se encontrará toda a verdade.
Vista lá de longe, a nossa existência é magnífica. Como uma estrela cuja luz palpita, vivendo e morrendo a cada instante. Numa luta onde só a vida pode ganhar. Porque a morte é nada… e o nada nada pode.
Serei sempre maior do que a minha desgraça.
XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Partilhando
Ouvi esta história do Pe. Mário Casagrande:
Um dia uma menina chegou ao Colégio com dois rebuçados.
- Uhm! Que rebuçados tão bons!
- São todos para mim.
- Eu também já não tenho dentes para isso mas repara naquela tua colega. Está triste. Se eu tivesse rebuçados dava-lhe um...
A miúda hesitou e a muito custo partilhou um doce com a colega.
No final do dia o Padre perguntou-lhe:
- Então, já comeste o rebuçado?
- Sim. Era booom...
- E o que é que sentes agora?
- Agora não sinto nada.
- Diz-me lá. Qual o rebuçado que agora te dá maior satisfação: o que comeste ou o que deste à tua colega?
A miúda chegou à conclusão que o rebuçado que partilhara ainda lhe causava satisfação.
Cinco pães e dois peixes, que é isto para tanta gente? Partilhou-se e o milagre aconteceu: o pouco com Deus é muito. O pão que reparto é o que me dá melhor sabor. A felicidade que semeio é a que realmente permanece. E a alegria que partilho é a que realmente conta. É preciso ainda hoje fazer destes milagres, transformar pedras em pão, partilhar o pouco ou o muito que se tem.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
Navega comigo
Jesus eu creio, mas aumenta a minha fé.
Jesus eu confio, mas fortalece a minha confiança.
Jesus eu amo, mas dilata o meu amor.
Que me impedem de ir contigo
"Para a outra margem" (Mc 4, 35),
Com a bonança do Teu amor.
A essa margem a que chamamos futuro,
Que tanto temor e espanto nos causa,
Pois não podemos conhecer o seu desfecho
Sem a coragem de nela atracar.
Que é a minha vida para que,
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Jesus eu amo, mas dilata o meu amor.
Que me impedem de ir contigo
"Para a outra margem" (Mc 4, 35),
Com a bonança do Teu amor.
A essa margem a que chamamos futuro,
Que tanto temor e espanto nos causa,
Pois não podemos conhecer o seu desfecho
Sem a coragem de nela atracar.
Que é a minha vida para que,
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Que me impedem de ir contigo
"Para a outra margem" (Mc 4, 35),
Com a bonança do Teu amor.
A essa margem a que chamamos futuro,
Que tanto temor e espanto nos causa,
Pois não podemos conhecer o seu desfecho
Sem a coragem de nela atracar.
Que é a minha vida para que,
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Com a bonança do Teu amor.
A essa margem a que chamamos futuro,
Que tanto temor e espanto nos causa,
Pois não podemos conhecer o seu desfecho
Sem a coragem de nela atracar.
Que é a minha vida para que,
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
A essa margem a que chamamos futuro,
Que tanto temor e espanto nos causa,
Pois não podemos conhecer o seu desfecho
Sem a coragem de nela atracar.
Que é a minha vida para que,
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Pois não podemos conhecer o seu desfecho
Sem a coragem de nela atracar.
Que é a minha vida para que,
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Que é a minha vida para que,
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Ainda que perca o rumo nas intempéries do orgulho,
Reencontre sempre em Ti a rota da salvação
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Com a bússola da Tua misericórdia.
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
E com a esperança de quem ama,
Saiba eu aventurar-me nas ondas infinitas de possibilidade
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
Para adormecer tranquila no mar sereno da Tua paz.
Raquel Dial
CONTO (563)
A PREGAÇÃO
Um dia, ao sair do convento em Assis, S. Francisco encontrou Frei Junípero, um dos seus frades mais simples.
Como gostava muito dele disse-lhe:
- Frei Junípero, vem comigo à cidades. Vamos pregar.
Responde o pobre frade:
- Meu pai, sabe que tenho muito pouca cultura e pouca imaginação. Como poderei falar às pessoas?
S. Francisco insistia:
- Vem comigo e não temas.
Frei Junípero obedeceu. E lá desceram os dois à cidade, rezando em silêncio por todas as pessoas que trabalhavam nas oficinas e nos campos. Sorriram às crianças, especialmente às mais pobres. Trocavam algumas palavras com os idosos. Acariciaram os doentes. Ajudaram uma mulher a transportar um recipiente cheio de água.
Depois de terem atravessado toda a cidade, São Francisco disse:
- Frei Junípero, são horas de regressar ao convento.
- E a nossa pregação?
O santo, sorrindo, disse:
- Já a fizemos… já a fizemos.
In Tutti Frutti de Pedrosa Ferreira
Com a fé de quem confia
Navega comigo nesta embarcação frágil e imperfeita
Conduz-me com a brisa da Tua fortaleza
Acalma a tempestade dos meus medos,
Serei sempre mais do que a minha alegria.
Complicamos mais a vida quando nos distraímos da nossa missão de amar aqueles que Deus mesmo nos ofereceu como um presente.
Se amamos alguém, não podemos compará-lo. A pessoa amada é incomparável.
Milan Kundera
INFORMAÇÕES
Açores com 23 igrejas jubilares no Ano da Misericórdia
O programa pastoral da Diocese de Angra indica 23 igrejas jubilares para o Ano da Misericórdia, que decorre de 08 de dezembro deste ano a 20 de novembro de 2016.
Para além da Sé de Angra e dos cinco santuários diocesanos haverá, pelo menos, uma igreja por ouvidoria.
A Sé de Angra vai ser a Igreja Jubilar por excelência do Ano Santo da Misericórdia, mas a acompanhá-la estarão, ainda, os cinco santuários diocesanos: Santo Cristo em Ponta Delgada, Bom Jesus no Pico, Nossa Senhora da Conceição em Angra, Santo Cristo da Caldeira em S. Jorge e Nossa Senhora dos Milagres da Serreta na Terceira, e ainda outras igrejas especialmente significativas em cada ilha e ouvidoria.
FESTA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES
NORTE GRANDE
Tríduo: Dias 28, 29 e 30 de julho às 20h.
Dia 2 de agosto
- Missa de festa às 13h00 e Procissão às 19h30m.
FESTA DE SÃO TIAGO - RIBEIRA SECA
Tríduo: Dias 29, 30 e 31 de julho às 19h30.
Dia 2 de agosto - Missa de festa às 11h00 seguida de Procissão.
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Agenda Pastoral
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Nº 1094Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
Não se sabe quanta exposição ao sol de Deus precisará uma criatura para chegar à harmonia e ao florir da sua vida. Por isso, tem confiança, sê indulgente com todos, e também contigo próprio. A primavera não se deixa perturbar, nem a Páscoa se rende. A confiança é uma vela que impele a história. E, verás, que aquilo que tarda, virá.
Ermes Ronchi
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