Nº 699
AS FESTAS DA IGREJA
O Papa Francisco, disse numa das suas homilias, que a Igreja não deve ser uma espécie de “babysitter” para as crianças. A Igreja não deve ter um comportamento de “ama” cuja função é cuidar e adormecer as crianças.
Temos a noção de que, a maior parte tem esta atitude: O meu filho foi batizado, fez a primeira comunhão, a comunhão solene e, por fim, o Crisma. Tem o Cartão de Cidadão em dia, agora posso estar descansado. Já não me é exigido mais nada. Agora está tudo em dia.
Passividade perante o importante da vida não é só na atitude perante a igreja, infelizmente. O adormecer descansado é seiva abundante em todos os aspetos da vida. Querer ser mais e exigir mais já não é cativante.
Na realidade, tenho pena e isto assusta-me muito. A direção que tudo isto parece ter não leva a uma meta realizada e realizadora e, sabemos que quando um não se realiza os outros ficam mais pobres, a sociedade e o mundo ficam sem alegria e sem vontade.
A atitude correta da Igreja, deve ser a de mãe que dá vida constantemente, é geradora de vida porque a passividade já é uma morte, adormecer é estar morto, é não fazer nada.
A mãe, pelo contrário, sabe encontrar forças onde elas parecem já não existir, sabe animar com palavras convincentes, sabe estar presente nos momentos de maior escuridão e, muitas vezes no silêncio de uma vida dedicada e preocupada, ser a pequena luz que consegue brilhar e dar coragem.
Dizemos que a Igreja é Mãe e tem de o ser. Não pode ser outra coisa senão Mãe.
Estas comunidades têm estado a fazer as festas de fim de ano catequético. Para além das dificuldades que se notam durante esta caminhada importante da vida das crianças e jovens, noto a muita indiferença e passividade.
É urgente mudar e mudar para melhor.
É urgente o compromisso.
É urgente assumir uma atitude ativa, com vontade de fazer mais e melhor e a todos os níveis da vida humana.
Não nos fiquemos por umas festas ternurentas onde tudo acaba até um próximo motivo de festa.
Pe. Manuel António
XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Chamar por Deus
Naquele tempo vinham ter com Jesus de toda a parte e abeiravam-se pessoalmente...
Em linguagem moderna, Deus prefere os encontros pessoais ao uso de telemóvel.
Que sucederia se Cristo instalasse uma central de telemóveis no céu?
Imagine-se alguém a rezar e ouvir a seguinte mensagem: "Central Celeste, por favor marque uma das seguintes opções: para pedidos marque 1; para queixas marque 2, para outro assunto marque 3... "
Ou então: "Neste momento os nossos anjos estão ocupados. Por favor deixe a sua mensagem no serviço de espera. Se deseja falar com o Anjo Gabriel marque 5, com outro Anjo marque 6."
O pior seria: "A sua alma apresenta um saldo de tantos méritos. Deverá ser recarregada no próximo domingo nas missa das 09H00."
Por fim imaginemos outra resposta: "O número que marcou não está atribuído. Por favor, certifique-se da sua intenção ou então marque de novo sem distrações..."
Graças a Deus que nada disto acontece.
Podemos chamar a Deus quantas vezes quisermos que somos sempre atendidos. A Sua linha nunca está ocupada.
Ainda bem que nos responde pessoalmente e nos conhece antes mesmo de nos apresentarmos. Deus não deixa recados no gravador mas estende-nos imediatamente a sua mão.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
A PARTILHA GERA ABUNDÂNCIA
Deus Santo,
Enviaste-nos Jesus Cristo
para nos ensinar a força libertadora
que está na dinâmica da partilha fraterna.
A Eucaristia ensina-nos que a vida em plenitude encontra a sua perfeição e felicidade na comunhão.
Comungar é partilhar o que temos,
o que somos e também o que sabemos.
A Eucaristia ensina-nos que Cristo está especialmente presente no coração das pessoas que partilham.
Partilhar significa reconhecer que Deus entregou os bens da Terra a todos os homens
e não apenas a alguns.
Deus Santo,
Deste provas de ser um Deus generoso,
partilhando todas as riquezas de amor e vida connosco,
ao ponto de nos enviares Jesus Cristo
que viveu e morreu por nós.
Calmeiro Matias
CONTO (559)
OLHOS PARA VER
Um homem foi ter com um oculista muito preocupado porque não via nada de um dos olhos.
O especialista perguntou:
- Quando nota que não pode ver?
O homem respondeu:
- Quando quero ver a Deus.
- Já percebi.
Depois de algumas análises, o prognóstico era claro. Tinha cegado o olho do coração. E assim lho comunicou. Depois de breve silêncio, o homem perguntou:
- Senhor doutor. Esse mal tem cura ou ficarei cego para sempre?
O médico com voz tranquilizadora, respondeu:
- Claro que tem cura. Mas tudo dependerá de si, se for fiel ao tratamento.
O homem intrigado, voltou a perguntar:
- E que sintomas são esses?
- Pois o facto de que o senhor quer ver a Deus demonstra que o seu coração não está cego de todo. É um sintoma que dá esperança.
- E qual é esse tratamento?
- Terá que seguir uma rigorosa dieta. O seu coração deverá desapegar-se de toda a superficialidade consumista que oculta o rosto de Deus no seu interior, e ocupar-se unicamente daquilo que é essencial na vida.
in, ALEGRE MANHÃ de Pedrosa Ferreira
Que nos tornemos ternura que age
porque só pelo dom que fazemos
conhecemos o dom que somos
José Augusto Mourão
INFORMAÇÕES
MUSEU FRANCISCO LACERDA
O Museu informa que estará aberto ao sábado e domingo, a partir de 20 de junho até 13 de setembro, das 15h00 às 18h00.
Informa, ainda, que será apresentado o Projeto do novo Museu Francisco de Lacerda, no dia 30 de junho de 2015, pelas 18h30, no Museu Francisco de Lacerda.
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Nº 1168Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
«O amor é uma coisa «perigosa», só ele traz a única revolução que proporciona felicidade.
São poucos os que são capazes de amar, e tão poucos os que querem o amor.
Amamos segundo as nossas próprias condições, fazendo do amor um coisa de mercado. Temos mentalidade mercantil, mas o amor não é comercializável nem é um negócio de troca.
O amor é um estado de ser, no qual todos os problemas humanos se resolvem. Vamos ao poço com um dedal e assim a vida torna-se uma coisa sem qualidade, insignificante e limitada.»
J. Krishnamurti, in "Cartas a uma jovem amiga
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