Nº 426
FELIZ PÁSCOA
Pe. Manuel António Santos
Pe. António Duarte Azevedo
Pe. Marcos Miranda
Domingo de Páscoa
Tema:
A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.
O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem nunca ser geradores de vida nova; e o discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta – a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira.
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo Baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última fronteira da nossa finitude.
(Dehonianos)
MEDITAR
VI-TE NO CENTRO
Vi-te no centro da minha humanidade meio perdida
onde estás senão no centro de mim
o fruto que deste debaixo da terra,
o Teu Deus, fez levantar mais alto que todos os céus
para que ninguém deixasse de Te Ver
Vi-Te… mas desejo os teus olhos…
o círculo da vida gira a essa velocidade estonteante
tudo é novo e tudo envelhece
umas vezes inebria e anestesia
como outras vezes enjoa nesse “ram-ram” dos dias todos iguais
Vi-te… mas desejo os Teus olhos…
Tu, que te encurvaste no meio dos encurvados anawim
Tu, que foste arrancado das garras de todas as mortes
Tu, que foste vivo e és agora o mais vivo dos vivos
Tu, Yeshu,
dá-me desse Teu olhar que vê bem,
para que me diga onde começa a vida
onde acaba a morte
onde hei-de viver
onde hei-de morrer
como se vive e morre?
de olhos abertos ou fechados?
acredito que o Teu maior salto foi de olhos fechados
e que, ainda assim, te doeu mais que tudo
quero os teus olhos de esperança no meio de mim
e, aí, quero as Tuas mãos, as que arrancam da morte também
para seres sempre tu, no meio de mim
Publicado por Anawîm
CONTO (297)
CONSOLAÇÃO
Era uma vez uma senhora chamada Raquel. Vivia sozinha e era muito pobre. Um dia, recebeu a visita da sua amiga Helena.
Raquel queixava-se muito da falta de ternura. Então Helena, todas as vezes que a ia visitar, decidiu levar-lhe um presente. Ela agradecia muito reconhecida, mas notava-se que desejava algo mais.
Um dia, sem saber que presente levar à sua amiga Raquel, pois já não sabia que coisa oferecer-lhe, não lhe levou nenhum presente.
Naquele dia, estas duas mulheres conversaram imenso tempo e, para surpresa de Helena, a pobre Raquel não se queixou de nada. Então Helena disse-lhe:
- Querida Raquel, todas as vezes que tenho vindo aqui, sempre te queixaste da falta de consolação e eu, para te ajudar, trazia-te um presente. Hoje, que nada te trouxe, pois não sabia que presente dar-te, não te queixaste. Porquê?
Então Raquel respondeu:
- Hoje trouxeste-me o melhor presente, aquele que me dá maior alegria e te sempre pedi: consolação. Nada me dá tanta consolação como encontrar alguém que me escute pacientemente.
E continuou:
- As pessoas dão facilmente umas às outras muitas coisas. Mas com dificuldade se dão a si próprias: o seu coração, a sua amabilidade, o seu afecto, as suas palavras de ânimo, a sua consolação
In TOMA E LÊ de Pedrosa Ferreira
Disseram-nos, Senhor, que estavas morto
Há três dias, guardado por soldados.
E que ninguém podia remover
A pedra do sepulcro!
Mas antes que o Sol fosse levantado
Ao contemplar Teu Corpo glorioso,
Surpreendido o mundo viu nascer
O dia do Senhor!
Não há ressurreição sem haver morte,
Nem triunfo se não houver batalha:
Saibamos nós morrer em cada dia
E ser o Homem novo!
FESTAS DO ESPÍRITO SANTO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA CALHETA
A Santa Casa da Misericórdia da Calheta vai celebrar a sua festa com os irmãos e benfeitores no próximo Domingo, 11 de Abril. De 4 a 10 de Abril, pelas 20 horas, teremos o terço no Império em louvor do Divino Espírito Santo. No Domingo a Coroação é às 12 horas e depois teremos o jantar na Escola Pe. Manuel Azevedo da Cunha para os irmãos, familiares e convidados.
Se alguém quiser contribuir com géneros ou dinheiro, pode fazê-lo entregando na Santa Casa da Misericórdia.
A mesa agradece a colaboração de todos.
INFORMAÇÃO DOS BOMBEIROS DA CALHETA
A Direcção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta vem por este meio divulgar a vinda da seguinte especialidade, com data ainda por estabelecer:
Nome: Dr. ª Maria Ojeda - Especialidade: Ortopedia e Traumatologia
Definição: Artrose; Artrite; Doenças Reumáticas; Fibromialgia; Fracturas (ossos partidos e fissuras ósseas); Entorses; Dores Musculares; Hérnias Discais (na coluna); Ciática; Lombalgias (lumbago); Consequências de Lesões Antigas (entorses, fracturas ou esforços mal curados); Inflamações Articulares por outras causas (gota, artrite reumatóide, etc.); Doenças da Criança (ortopedia infantil); Dores Crónicas por Cancro. Os eventuais interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110 / 295460111.
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Nº 1170Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
“ENSINAR É AMAR”
"Ser professor é dar-se (...) Tens muito que fazer? – Não; tenho muito que amar. Não entendo ser professor de outra maneira. (...)
Para ser professor, também é preciso ter as mãos purificadas. A toda a hora temos de tocar em flores. A toda a hora a Poesia nos visita. O aluno acredita em nós e não deve acreditar em vão. Impõe-se-nos que mereçamos, com a nossa, a pureza dos nossos alunos; que a nossa alimente a deles, a mantenha. (...)
Sejamos a lição em pessoa – que é isso mais importante e mais eficaz que sermos o papel onde a lição está escrita; e possamos dizer sem constrangimento: Deixai-as vir a mim, as criancinhas…”
Sebastião da Gama, in Diário
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