Nº 694

DOMINGO DE PENTECOSTES: “Não vos deixarei órfãos” (Jo 14, 18)
Na sua origem, a festa de Pentecostes era conhecida como a “festa das semanas” por ter lugar sete semanas após o início das colheitas dos primeiros frutos (Lv 23 15-21; Dt 16, 9-12). Teria um sentido eucarístico, de ação de graças pela colheita – logo, uma festa agrícola. É também a celebração da memória da entrega do dom da Lei no Sinai, da Antiga Aliança.
A Páscoa era o início das colheitas do primeiro trigo, do pão sem fermento para não o misturar com o do ano anterior.
O Pentecostes é a festa do pão com fermento, a plenitude da colheita que se oferece a Deus com tempo e calma de forma a saborear e celebrar a vida.
Assim, é a festa do trigo já colhido e do pão abundante repartido e partilhado com os mais pobres.
Com Jesus de Nazaré, o Pentecostes surge como uma epifania plena e definitiva do amor de Deus pelo e no ressuscitado que pelo e no ressuscitado abraça toda a humanidade, de todos os tempos, lugares e condições.
Para os cristãos a festa do Pentecostes marca a plenitude da Nova Aliança com a descida do Espírito Santo.
Lucas, ao colocar a descida do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos em oração na Festa das Semanas, quer afirmar que o Espírito de Deus torna-se a nova Lei para os discípulos de Jesus de Nazaré.
O Espírito Santo substitui a antiga Lei. A Lei, antes escrita em pedra, é agora inscrita no mais íntimo de cada um e de cada uma.
É a vida de Deus que se comunica ao mais profundo e íntimo, fecundando os terrenos outrora inférteis e sem vida.
Os discípulos estavam reunidos em oração. Só quem se encontra intimamente com Deus na oração é capaz de deixar cair as barreiras; abrir, escancarar as portas a Cristo; preencher os abismos do mundo e os abismos do coração para amar com o mesmo amor de Deus.
O Espírito ensina e recorda.
A Igreja sabe que nasce da Ressurreição de Cristo, mas encontra a sua confirmação com o sopro do Espírito Santo. No Espírito Santo, nós e Cristo vivemos juntos.
Nuno Monteiro (adaptado)
DOMINGO DE PENTECOSTES
O poiso do Espírito
No encontro da manhã, perguntei aos alunos mais novos se já tinham ouvido falar do Espírito Santo. Toda a gente levantou o braço em resposta afirmativa. Pedi, então que fossem dizendo algumas coisas que soubessem sobre Ele mas ninguém se lembrava. Depois de muita insistência, um miúdo prontificou-se para falar:
- Só sei que o Espírito Santo está aqui - E apontou para o seu ombro esquerdo.
De facto, ao benzer-se, todos dizem esse nome tocando no lado esquerdo. Eu estava à espera de todas as respostas menos daquela. Foi uma boa ocasião para juntos meditarmos que afinal nós trazemos em nós o Espírito Santo, qual carga aos ombros.
À tarde, referi esta experiência aos alunos mais velhos e um deles acrescentou, com simplicidade, perante o sorriso dos colegas:
- Ah! É por isso que, quando fui crismado, o meu padrinho pôs a sua mão sobre o meu ombro e fez força para dizer que o Espírito Santo estava a pousar aí.
A partir de então todos compreenderam melhor o significado daquilo que rezavam: O Espírito do Senhor repousa em mim.
Que neste Pentecostes eu descubra que o Espírito está sobre mim para carregá-lo para onde quer que eu vá.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
Felizes os Perseguidos por Causa da Justiça
Felizes os que têm a capacidade de fazer rolar a pedra...
Os que levam gente atrás por terem feito diferente...
Os que acreditam na ressurreição e no nascer de um novo dia...
Porque esses têm o Reino de Deus!
Felizes os que transformam Justiça em Boa Notícia...
Os que se alegram com a justiça e se deixam tocar pelo injusto...
Os que caminham ultrapassando o medo...
Porque esses têm o Reino de Deus!
Felizes os que não alimentam mentiras...
Os que não enganam o coração ou contribuem para o mal dos dias...
Os que procuram a verdade...
Porque esses têm o Reino de Deus!
Felizes os que se sabendo fracos, procuram o melhor de si mesmos...
Os que agem em liberdade e responsabilidade para com todos...
Os que fazem o tempo cumprir-se HOJE MESMO...
Porque esses têm o Reino de Deus!
Felizes os perseguidos, os insistentes, os não desistentes, os que procuram... por causa da justiça!
Felizes os que se fazem felizes...
E levam uns quantos mais com eles...
Acredito... esse é o Reino!
Ana Ascensão
CONTO (554)
O SALVADOR
Era uma vez uma menina órfã que vivia com a avó num segundo andar. Uma noite, houve fogo e a avó morreu. Os vizinhos chamaram os bombeiros. Entretanto, viram a menina na janela do primeiro andar a gritar por socorro.
De repente, apareceu um homem com uma escada. Subiu à janela, cercada de chamas, agarrou na menina, desceu com ela ao colo, entregou-a a uma vizinha e desapareceu.
Como não tinha parentes vivos, fez-se uma reunião para ver quem ficaria com a menina.
Apresentaram-se vários pretendentes à adoção: Uma professora, um agricultor, um rico comerciante. Entretanto, a criança mantinha-se calada. O presidente da assembleia perguntou:
- Mais alguém quer falar?
Do fundo da sala, um homem, com queimaduras nas mãos, avançou e estendeu os braços para a criança. A multidão susteve a respiração. A menina exclamou:
- Este foi o homem que me salvou!
E com um salto, lançou-se-lhe ao pescoço.
O presidente declarou:
- A sessão está suspensa.
In Tutti Frutti de Pedrosa Ferreira
Vinde, Santo Espírito
Dos céus ajudai-nos
E da Vossa Luz
Um raio mandai-nos.
Sois consolador
Benigno, excelente
Sois de nossas almas
Hóspede decente.
CRISMAS
O Sr. Vigário Geral da Diocese, vem Crismar os jovens que estão preparados para receber este sacramento nos seguintes dias: 26 de maio na Matriz da Calheta às 20 horas; 27 de maio na Matriz de Velas às 20 horas e 28 de maio na zona do Topo.
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Nº 1130Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
- Avô.
- Sim.
- Porque é que se põe a estrela no cimo do pinheirinho?
- Para não nos esquecermos daquilo que é realmente importante. Repara: o pinheirinho está lindo com as bolas e as fitas e as luzinhas a piscar, mas sem a estrela ficaria triste. A estrela é a luz verdadeira. O pinheirinho é como a nossa vida. Pode não haver nem bolas nem fitas nem luzinhas a piscar, mas é a luz verdadeira que dá sentido ao nosso caminho. O pinheirinho pode não ter bolas nem estrelas nem luzinhas a piscar, mas se tiver uma estrela no cimo será sempre um verdadeiro pinheiro de Natal.
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