Nº 663

DEZ MANDAMENTOS PARA PAIS COM FILHOS NA CATEQUESE

1.Não somos uma ilha. Assim como precisamos da família e da sociedade, para fazer nascer e crescer o nosso filho, mesmo que a primeira responsabilidade seja sempre nossa, também precisamos da Igreja, para que o nosso filho, renascido pelo Batismo, cresça connosco na fé.

2.Não nos bastamos a nós próprios na educação da fé, mesmo que sejamos os primeiros catequistas dos nossos filhos. Os catequistas da nossa paróquia estão à nossa disposição, não para ser nossos substitutos, mas para se tornarem nossos colaboradores na educação da fé. 3.Não faltaremos à Catequese. A Catequese não é um «ensino» avulso e desorganizado. É uma educação da fé, feita de modo ordenado e sistemático, de acordo com o programa definido pelos Catecismos. As faltas à Catequese quebram a sequência normal da descoberta e do caminho da fé. Velaremos pela assiduidade dos nossos filhos. E pelo seu acompanhamento, num estreito diálogo com o pároco e os catequistas.

4.Não esperamos da Catequese que faça bons alunos. Antes, pretendemos que ela nos ajude a formar discípulos de Jesus, que O seguem, em comunidade. Não desprezaremos a comunidade dos seus discípulos, a Igreja, nos seus projetos, obras e iniciativas.

5.Não queremos, apesar de tudo, que a Catequese seja o nosso primeiro compromisso cristão. Participar na Eucaristia Dominical é um bem de primeira necessidade. Saberemos organizar a agenda do fim de semana, pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Custe o que custar!

6.Não queremos que a Catequese substitua as aulas de Educação Moral e Religiosa Católica nem o contrário. Porque a Catequese, não é uma “aula”, em ambiente escolar, dirigida sobretudo à inteligência, e destinada a articular a relação entre a fé e a cultura. A Catequese é sobretudo um “encontro”, no ambiente da comunidade, que se dirige à conversão da pessoa inteira, à sua mente, ao seu coração, à sua vida. A disciplina de EMRC e a Catequese não se excluem mas implicam-se mutuamente.

7.Não estaremos preocupados por que os nossos filhos “saibam muitas coisas”. Mas alegrar-nos-emos sempre, ao verificarmos que eles saboreiam a alegria de serem cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos, a Pessoa e o Mistério de Jesus.

8.Não exigiremos dos nossos filhos, o que não somos capazes de dar. Por isso, procuraremos receber nós próprios formação e catequese, para estarmos mais esclarecidos e mais bem preparados. Procuraremos estar onde eles estão. Rezar e celebrar com eles, de modo a que a nossa fé seja vivida em comum na pequena Igreja que é a família e se exprima na grande família que é a Igreja.

9.Não exigiremos dos nossos filhos o que não somos capazes de fazer. Procuraremos pensar e viver de acordo com os valores do Evangelho. Sabemos bem que o testemunho é a primeira forma de evangelização. Deste modo, eles aceitarão melhor a proposta dos nossos ideais e valores.

10.Jamais cederemos à tentação de “mandar” os filhos à Catequese, para nos vermos livres deles ou para fugirmos às nossas responsabilidades.

Padre Amaro Gonçalo

 

XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

Imagem de Deus

Um dia as Irmãs da Caridade recolheram um mendigo, lavaram-no, deram-lhe de comer, aconchegaram-no. Quando recuperado e lúcido, este homem pediu à Irmã Teresa de Calcutá:

- Dizei-me o vosso nome. Nenhum humano fazia por mim o que vós fizestes. Vós deveis ser deusas. Que posso fazer para servir a vossa divindade?

- Não, não somos deusas. Tu é que és para nós imagem de Deus. Nós fizemos tudo isto porque reconhecemos em ti o nosso Deus.

É preciso retribuir a Deus o que é de Deus e a César o que é de César.

A mensagem de Jesus é muito subtil. A moeda deve ser restituída a César, porque nela está impressa a sua imagem. Há uma criatura sobre a qual está impressa a imagem de Deus. Esta é Sua e mais ninguém pode apropriar-se dela.

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, à imagem de Deus Ele o criou. O Homem é esta criatura que não pode pertencer a mais ninguém senão a Deus. Ninguém poderá dominá-lo, escravizá-lo, oprimi-lo como se fosse um objeto de sua propriedade porque é sagrado.

É preciso respeitar a imagem de Deus que está impressa no rosto de cada pessoa. Não será tarefa fácil pois só os puros de coração verão a Deus.

Dar a Deus o que é de Deus só se entende se eu me der todo.

José David Quintal Vieira, scj

 

MEDITAR

SALMO

É importante cultivar atitudes e realizar pequenos gestos

que impeçam o coração de ficar vazio:

dar ânimo às pessoas que nos rodeiam

e se encontram abatidas ou tristes.

ver nos outros pessoas queridas de Deus,

membros da grande Família Divina

e amá-las, fazendo-lhes o bem que pudermos.

Resistir à tentação de querer ser sempre o maior

e dominar os demais.

Não me deixar conduzir apenas

pelas coisas que me são agradáveis,

mas saber renunciar ao prazer de uma coisa

quando isso é importante para o meu crescimento e maturidade.

Mostrar o meu amor e a minha solidariedade,

ajudando nos trabalhos lá de casa

como, por exemplo, lavar a loiça sem protestos nem mau humor.

Comer a comida,

mesmo no dia em que não fique muito ao meu gosto.

Pensar em pequenos gestos que fortaleçam

as relações de amor com os membros da família.

Evitar atitudes que possam mostrar indiferença

em relação às pessoas com quem vivo,

tanto em casa como na escola ou no lugar de trabalho.

Espírito Santo,

ajuda-nos a estarmos atentos

aos pequenos gestos de atenção e amor,

a fim de não experimentarmos a dor de um coração vazio.

 in Salmos para o Terceiro Milénio 2, 2010

 

 

Ámen

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONTO (522)

 

A MOCHILA E AS PEDRAS

Um fervoroso devoto estava a atravessar uma fase muito difícil da sua vida, com graves problemas de saúde na família e sérias dificuldades financeiras. Por isso rezava diariamente pedindo que o livrassem de tamanhas atribulações.

Um dia, enquanto fazia as suas orações, um anjo apareceu-lhe, com uma mochila e a seguinte mensagem:

O Senhor teve compaixão da sua situação e manda dizer que é para colocar nesta mochila o máximo de pedras que conseguires, e levá-la às costas, durante um ano, sem nunca a tirar. Manda também dizer que, se o fizeres, ao fim de um ano, ao abrir a mochila, terás uma grande alegria. E desapareceu, deixando o homem bastante confuso e revoltado.

"Como pode Deus brincar comigo desta maneira? Eu estou sempre a rezar, peco-Lhe  ajuda, e Ele manda-me carregar pedras?" Já não me bastam os tormentos e provações que estou a viver?" Pensava o devoto. Mas, ao contar à esposa a estranha aparição,  ela disse-lhe que talvez fosse prudente seguir as determinações dos Céus, e concluiu dizendo:

- Deus sabe o que faz...

O homem estava decidido a não fazer o que o Senhor lhe ordenara, mas, por via das dúvidas resolveu cumpri-la em parte, após ouvir a recomendação da sua mulher. Assim, colocou duas pedras pequenas, dentro da mochila e colocou-a às costas durante doze meses.

Quando terminou o tempo, mal se contendo de tanta curiosidade, abriu a mochila conforme as ordens do Senhor e descobriu que as duas pedras que trouxera às costas durante um ano tinham-se transformado em pepitas de ouro... , apenas duas pequenas pepitas.

Todos os episódios que vivemos na vida, inclusive os piores e mais duros de se suportar, são sempre extraordinárias e maravilhosas fontes de crescimento.

Temendo a dor, a maioria recusa-se a enfrentar os desafios.

Temendo o peso e o cansaço, a maioria faz tudo para evitar situações novas, embaraçosas, que envolvam qualquer tipo de conflito.

Mas aqueles que encaram a valer as situações que a vida propõe, aqueles que resolvem "carregar as pedras" com Amor, ao invés de evitá-las, negá-las ou esquivar-se delas, esses alcançam a plenitude de viver e transformam, com o tempo, o peso das pedras que transportaram em peso de sabedoria.

Como está a sua mochila?

Autor desconhecido

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

«O perigo é acreditar que se pode «aprender» Deus.

Deus não Se aprende, revela-Se.

E é convivendo com Ele que Ele Se confia cada vez mais àqueles que O amam.(...)

 


É preciso nunca esquecer de que não se trata em primeiro lugar de abrir a mente a conhecimentos, mas, antes, de abrir o coração a um amor.

Para mim é sempre o mesmo problema: se não houver Encontro de Jesus Cristo, não pode haver fé; porque ter fé, não é acreditar numa ideia, mas em Alguém.»

 

Michel Quoist, in Deus, Sentido Único

 

 

 


INFORMAÇÕES

 

BENS CULTURAIS DA IGREJA

Para comemorar o Dia Nacional dos Bens Culturais da Igreja, estão em exposição na Igreja Matriz da Calheta duas esculturas que representam etapas da vida de São Francisco de Assis. O dia 18 de outubro, dia de São Lucas padroeiro dos artistas, é o dia escolhido para chamar a atenção para a importância dos Bens Culturais da Igreja, os quais são uma das formas de evangelizar, também no nosso tempo. Esta exposição teve a colaboração do Atelier de Conservação e Restauro de Obras de Arte de São Jorge e do Museu Francisco Lacerda.

 

MUDANÇA DE HORA

No próximo fim de semana muda a hora. À uma hora da manhã de sábado para domingo os relógios devem ser atrasados sessenta minutos.

 

 


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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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