Nº 422

 

É NECESSÁRIO SAIR

 

É necessário sair das velharias que habitam o nosso coração e a nossa mente e abrir à novidade. Para quem acredita é a novidade do Evangelho e para os outros encontra-se no coração e na consciência quando bem formada.

As paisagens têm beleza do lugar onde as vemos e vão tomando sempre feições diferentes à medida que vamos mudando de lugar. As pessoas, os acontecimentos e o mundo tomam as feições de forma como as vemos e os valores que apreciamos.

Pode acontecer que habite em ti o desejo de mudar e querer registar no livro da vida que se vai trilhando coisas belas e felizes mas se continuas a olhar só para ti e não te abres aos outros e à novidade que vai acontecendo não consegues realizar o bem desejado.

É necessário sair da estreiteza de um coração fechado e egoísta e abrir à comunhão com os que te rodeiam. Não fazer da mente um quadradinho pequenino onde habitam apenas as próprias ideias e conhecimentos e não fazer do coração uma flor murcha incapaz de amar e de alegrar.

É necessário despertar para a novidade que constrói e deixar palavras e acções que apenas servem para destruir e desanimar mais do que dar força para prosseguir transformando a sociedade e o mundo.

Há sempre aqueles que não percebem e não percebem que não percebem e  ficam no mesmo mundo pequeno e mesquinho. É necessário fazer e deixar fazer, construir e deixar construir. É necessário ir ao encontro e deixar que venham ao nosso encontro.

Cá no meu ensino e vida, a isto chama-se conversão, também gosto de lhe chamar renascimento que se faz com o Evangelho na mão para que possa penetrar em nós.

Ouvi Domingo passado a comunidade cantar: «É preciso Renascer, deixar ódios, violências. É preciso renascer…». O velho Nicodemos não percebeu o que era este renascer, não por ser velho mas por não se querer abrir à novidade que por ai anda. Não uma novidade qualquer, banal, que destrói, mas a novidade que leva em si o bem próprio e dos outros e conduz à felicidade. Não é aquela que vem em revistas e novelas de moda, mas aquela que leva a força transformadora da realização pessoal e requer uma sociedade sã e respeitadora dos valores que dignificam e engrandecem as pessoas.

É necessário sair de uma vida torpe e mesquinha para construir uma vida feliz e carregada de amor.

                                                          Pe. Manuel António Santos

III Domingo da Quaresma

Tema:

Nesta terceira etapa da caminhada para a Páscoa somos chamados, mais uma vez, a repensar a nossa existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a “conversão”. Com este tema enlaça-se o da “libertação”: o Deus libertador propõe-nos a transformação em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e do pecado, para que em nós se manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus.

O Evangelho contém um convite a uma transformação radical da existência, a uma mudança de mentalidade, a um recentrar a vida de forma que Deus e os seus valores passem a ser a nossa prioridade fundamental. Se isso não acontecer, diz Jesus, a nossa vida será cada vez mais controlada pelo egoísmo que leva à morte.

A segunda leitura avisa-nos que o cumprimento de ritos externos e vazios não é importante; o que é importante é a adesão verdadeira a Deus, a vontade de aceitar a sua proposta de salvação e de viver com Ele numa comunhão íntima.

A primeira leitura fala-nos do Deus que não suporta as injustiças e as arbitrariedades e que está sempre presente naqueles que lutam pela libertação. É esse Deus libertador que exige de nós uma luta permanente contra tudo aquilo que nos escraviza e que impede a manifestação da vida plena.

(Dehonianos)

 

MEDITAR

 

Perdão

Oração de um deputado Norte Americano

"Senhor, viemos diante de Ti neste dia, para Te pedir perdão e para pedir a tua direcção.
Sabemos que a tua Palavra disse: “Maldição àqueles que chamam "bem" ao que está “mal”, e é exactamente o que temos feito.
Temos perdido o equilíbrio espiritual e temos mudado os nossos valores.

Temos explorado o pobre e temos chamado a isso "sorte".
Temos recompensado a preguiça e chamámo-la de "Ajuda Social".
Temos matado os nossos filhos que ainda não nasceram e temo-lo chamado “a livre escolha".
Temos abatido os nossos condenados e chamámo-lo de "justiça".

Temos sido negligentes ao disciplinar os nossos filhos e chamámo-lo “desenvolver a sua auto-estima”.
Temos abusado do poder e temos chamado a isso: "Política".
Temos cobiçado os bens do nosso vizinho e a isso temo-lo chamado "ter ambição".
Temos contaminado as ondas de rádio e televisão com muita grosseria e pornografia e temo-lo chamado "liberdade de expressão".

Temos ridicularizado os valores estabelecidos desde há muito tempo pelos nossos ancestrais e a isto temo-lo chamado de "obsoleto e passado".
Oh Deus! Olha no profundo dos nossos corações; purifica-nos e livra-nos dos nossos pecados.
Ámen.

 

CONTO (293)

 

OS DOIS CÃES

Um dia, um cão vadio entrou dentro de uma casa. Subiu as escadas e entrou numa grande sala vazia. Ficou surpreendido quando viu que nessa sala havia cem cães iguais a ele.

O cão começou a mover a cauda, e o mesmo fizeram todos  os outros. O cão ficou surpreendido ao ver tantos cães sorridentes a ladrarem.

Ao sair dessa estranha casa disse:

- Que lugar tão agradável! Virei aqui mais vezes.

De facto, sempre que passava por ali e encontrava a porta aberta e ninguém a impedir a passagem, entrava para ver tantos cães tão simpáticos.

Pouco tempo depois, um outro cão vadio entrou na mesma sala. Subiu as escadas e entrou na mesma grande sala vazia. Viu cem cães iguais a ele. Ficou imediatamente furioso e todos os outros cães ficaram furiosos. Depois ladrou agressivamente, e todos os outros cães ladraram agressivamente.

Ao sair desta estranha sala, disse:

- Que lugar tão horrível! Nunca mais voltarei aqui.

De facto, nunca mais pôs as patas nessa sala dos cem cães antipáticos. Os cães não sabiam ler. Mas na fachada desta casa estava escrito: «A casa dos cem espelhos».

In TOMA E LÊ  de Pedrosa Ferreira

 

 

SENHOR!

 

Eu bem Te vejo, apesar

Da escuridão!

Ainda me não tocou Tua MÃO

Mas bem a sinto, bem a sinto em meus cabelos,

Numa carícia igual a um perfume ou um perdão.

 

Senhor!

Eu em Te vejo, apesar

Da escuridão!

 

              SEBASTIÃO DA GAMA

 


 

INFORMAÇÕES

 

DIA NACIONAL DA CÁRITAS

A Igreja Católica em Portugal celebra o Dia Nacional da Cáritas, no dia 14 de Março tendo como tema geral “Erradicar a Pobreza. Radicar a Justiça”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. Carlos Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, destaca a importância de um esforço conjunto para a erradicação da pobreza e perspectivando as implicações que a visita de Bento XVI poderá trazer para esta área. Cada um deve também reequacionar o seu posicionamento face ao mundo do trabalho, adverte, frisando também que “o combate contra a pobreza e a exclusão social depende muito de comportamentos pessoais, na relação com o outro, mas também de empresas para que assumam com mais atenção a sua responsabilidade social”.

 

PREPARAÇÃO PARA O DMJ

Dia 7 de Março às 15 horas no Norte Pequeno para os jovens de Norte Grande, Norte Pequeno e Santo António e às 17 horas na Calheta para os jovens da Ribeira Seca, Calheta e Biscoitos.

 

MISSIONÁRIO DA LIAM

De 9 a 12 de Março estará nesta ilha o Pe. Eduardo Osório, dos Missionários do Espírito Santo, para diversas actividades na ilha.

 


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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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