Nº 629

 

ORAÇÃO DA “DÚVIDA”

Quantas dúvidas, quantas incertezas, Senhor!

 

Não duvido de Ti, Senhor, como é também uma certeza inabalável no meu coração a Tua presença em mim, nos outros e no meio de nós!As minhas dúvidas e as minhas incertezas, residem na minha relação conTigo.É que sabes, Senhor, gostava de viver por Ti um amor puro, isento de qualquer interesse, um amor adoração, porque a Ti, Senhor, posso adorar.Gostava de rezar, mas sem o sentimento de que o faço para Te agradar.

 

 

 

 

Gostava de rezar, mas sem Te pedir nada, por acreditar que sabes o que preciso.

 

Gostava de Te seguir, “apenas” porque és Tu a vida, e não esperar outra recompensa que não seja a minha constante gratidão por me deixares seguir-Te, Senhor.

 

Gostava que cada passo que dou, fosses Tu a dá-lo em mim, de modo a que o caminho que percorro, seja o caminho que me dás para caminhar.

 

Gostava de Te ver em todos os que comigo se cruzam, de modo a que amasse cada um sem passado, (bom ou mau tanto me faz), mas apenas com o amor com que Tu nos amas, sempre.

 

Gostava de olhar para Ti e ver-Te como Tomé, num grito que saia dentro de mim exclamando em alta voz: meu Senhor e meu Deus!

 

Gostava de Te comungar e deixar que tomasses conta de mim, do meu todo, de cada nervo, de cada órgão, de cada gesto, de cada sentimento, que não fosse apenas um momento, mas uma continuidade, que tornasse bem real a frase de Paulo na vida que Tu me dás: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.»E tão longe estou, Senhor, tão longe!Quanto mais me aproximo de Ti, mais parece que me afasto.

 

 

 

Quanto mais falo Contigo, mais surdo pareces à minha voz.

 

Quanto mais luto contra o pecado, mais pecador eu me sinto.

 

Quanto mais subo a escada para o Céu, mais degraus nela colocas.

 

Quanto mais me ajoelho e humilho, mais orgulhoso e soberbo me pareço.

 

Quanto mais sinto que Te amo, mais fraco e volúvel me parece o meu amor.Então, Senhor, continua a provar-me, coloca pedras no meu caminho, mais uns degraus na escada, dá-me mais esta sensação de que estou longe, para que eu não adormeça, e não me julgue aquilo que eu não sou.

 

 

 E se num momento qualquer, eu me começar a afundar no mar da vida, estende-me a mão, Senhor, e diz-me olhos nos olhos: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»

 

 Joaquim Mexia Alves

 

VII DOMINGO DO TEMPO COMUM

A liturgia do sétimo Domingo do Tempo Comum convida-nos à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem.

 

A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige o ser santo. Na perspetiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor ao próximo.

 

No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade (no contexto do “sermão da montanha”). Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.

 

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria de Deus” (que é dom da vida, amor gratuito e total).

 

Dehonianos

 

MEDITAR

 

ELE SABE BEM DO QUE SE TRATA

 

Deus criou-me para fazer um serviço definido: confiou-me uma tarefa que não confiou a mais ninguém.
Eu tenho a minha missão. Talvez jamais a conheça nesta vida, mas na outra ser-me-á revelada.
Sou um anel de uma corrente, um vínculo de ligação entre pessoas.
Ele não me criou para o nada.
Executarei a Sua tarefa. E bem.
Serei um anjo de paz, um pregador da verdade no meu próprio lugar, ainda que apenas observando os seus mandamentos.
Por isso, confiarei n’Ele. O que quer que seja, onde quer que seja, jamais posso ser deitado fora.
Se estiver doente, que a minha doença O sirva.
Se estiver angustiado, que a minha angústia O sirva.
Ele nada faz em vão. Ele sabe bem do que se trata.
Ele pode levar meus amigos.
Ele pode lançar-me entre estranhos.
Ele pode fazer que me sinta desolado, fazer o meu espírito naufragar e esconder-me o futuro.
Em tudo isso. Ele sabe o que faz.

John Henry Newman

 

CONTO (488)

 

AS CALÇAS COMPRIDAS

Um dia, um pai de família chegou a casa no fim do dia, depois do trabalho, com umas calças novas. Mas as calças eram muito compridas e precisavam de ser cortadas aproximadamentee quatro centímetros.

 

Havia três mulheres em casa, todas costureiras: a esposa, a nora e a filha.

 

Ele pediu à esposa:

 

- Podes tirar quatro centímetros à bainha destas calças? Eu tenho de as usar  amanhã de manhã.

 

 A esposa disse-lhe:

 

- Eu estou muito cansada agora. Amanhã usas umas calças mais velhas.

 

Ele foi ter com a nora, que estava a ver televisão, e fez-lhe o mesmo pedido. Mas esta também se recusou e disse-lhe:

 

- Eu não posso perder este capítulo da novela, amanhã faço a bainha.

 

O homem não desistiu e procurou a filha que lhe respondeu:

 

- Não posso, pai, porque hoje eu tenho teste na escola, e preciso estudar.

 

O homem dependurou as calças no guarda-roupa, tomou banho, jantou e foi dormir.

 

Uma meia hora depois, a esposa pensou e mudou de ideias. Pegou nas calças e tirou os quatro centímetros. Depois deitou-se e dormiu.

 

Mais tarde, terminada a novela, a nora ficou com dó do sogro, foi lá, pegou nas calças e cortou mais quatro centímetros.

 

A filha chegou da escola tarde da noite e resolveu atender ao pedido do pai. Pegou nas calças, mesmo sonolenta, e cortou mais quatro centímetros.

 

No outro dia, o homem foi vestir as calças e elas ficavam-lhe pelos tornozelos!

 

É melhor coxear pelo caminho do que avançar a grandes passos fora dele. Porque quem coxeia pelo caminho, embora avance devagar, aproxima-se da meta, enquanto que quem segue fora dele quanto mais corre mais se afasta.

 

 Santo Agostinho

 


INFORMAÇÕES

 

MUSEU FRANCISCO LACERDA

Está aberta ao público, no Museu Francisco Lacerda, uma Exposição de Pintura “Do Passado ao Presente” da artista local Maria de Jesus Sousa.

 

CLÍNICA DENTÁRIA DA RIBEIRA SECA

Informa que a Dr.ª Cátia Reis, médica dentista, prestará consultas de 4 a 11 de março de 2014. As marcações podem ser feitas para o nº 962577473.

 

CÂMARA MUNICIPAL DA CALHETA

A Câmara Municipal da Calheta informa a população do Concelho que os serviços Camarários encontram-se encerrados no dia 26 de fevereiro, a partir da 13h30, devido à realização de uma reunião geral com os trabalhadores.

 

BENS IMÓVEIS À VENDA

Encontra-se à venda uma moradia, pronta a habitar, no Bairro de Santo Cristo, freguesia da Ribeira Seca, por 30.000,00€ (negociáveis). Contatar pelo nº 914965357.

Encontra-se à venda casa e prédios pertencentes a Rosa Amaral de Sousa, situados nos Biscoitos da Calheta de São Jorge. Contatos: 295416510 ou 915563990.

 

RETIRO PÓS CRISMA

A Pastoral Juvenil irá organizar o retiro para os jovens que já receberam o Crisma, no fim de semana 7, 8 e 9 de março. Os interessados podem contatar os párocos ou a equipa da Pastoral Juvenil através do mail pastoraljuvenilsaojorge@hotmail.com. As inscrições estão abertas até ao dia 3 de março. Não havendo inscrições suficientes o retiro não se realizará.

 


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Nº 1148

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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