Nº 621

Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014

O Papa denuncia as consequências da “tragédia da exploração do trabalho” e das “guerras" económico-financeiras, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014, dedicada ao tema ‘Fraternidade, fundamento e caminho para a paz’.

“Penso nos tráficos ilícitos de dinheiro como também na especulação financeira que, muitas vezes, assume expressões predadoras e nocivas para sistemas económicos e sociais inteiros, lançando na pobreza milhões de homens e mulheres”.

O Papa fala em “guerras menos visíveis, mas não menos cruéis” do que os conflitos armados, que acontecem “nos campos económico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas”.

A primeira mensagem do atual pontífice para esta celebração anual promovida pela Igreja Católica aponta o dedo a “inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça”, considerando que as mesmas “indicam não só uma profunda carência de fraternidade mas também a ausência duma cultura de solidariedade”.

“As novas ideologias, caraterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do ‘descartável’ que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados ‘inúteis’, lamenta o Papa.

Francisco alerta para o aumento de um relacionamento humano “pragmático e egoísta”, em que cada um se deixa guiar pela “avidez do lucro” e pela “sede do poder”.

“É necessário encontrar o modo para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que se alargue o fosso entre aqueles que têm mais e os que devem contentar-se com as migalhas, mas também e sobretudo por uma exigência de justiça e equidade e de respeito por cada ser humano”.

"A fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre liberdade e justiça, entre responsabilidade pessoal e solidariedade", frisa.

O documento reforça os apelos papais em favor de um compromisso global contra a fome.

“É mais que sabido que a produção atual é suficiente e todavia há milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome, o que constitui um verdadeiro escândalo”, insiste Francisco.

“Quando falta abertura a Deus, toda a atividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objeto passível de exploração”.

Francisco sublinha que a fraternidade é o “fundamento principal” da paz e apela a uma atitude de “de serviço às pessoas, incluindo as mais distantes e desconhecidas”.

O Dia Mundial da Paz começou a ser celebrado anualmente a 1 de janeiro durante o pontificado do Papa Paulo VI, em 1968, e a mensagem para esta jornada é enviada às dioceses e às embaixadas de todo o mundo.

OC

 

 

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

A liturgia deste domingo propõe-nos a família de Jesus, como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares… As leituras fornecem indicações práticas para nos ajudar a construir famílias felizes, que sejam espaços de encontro, de partilha, de fraternidade, de amor verdadeiro.

O Evangelho apresenta uma catequese sobre Jesus e a missão que o Pai lhe confiou; mas, sobretudo, propõe-nos o quadro de uma família exemplar – a família de Nazaré. Nesse quadro há duas coordenadas que são postas em relevo: trata-se de uma família onde existe verdadeiro amor e verdadeira solidariedade entre os seus membros; e trata-se de uma família que escuta Deus e que segue, com absoluta confiança, os caminhos por Ele propostos.

A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço. A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais… É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

Dehonianos

 

MEDITAR

 

NATAL: UMA ALEGRIA QUE VEM DE DENTRO

 

Não recorras ao que já sabes do Natal,
mas coloca-te à espera
daquilo que de repente em teu coração
se pode revelar

Não reduzas o Natal ao enredo dos símbolos
tornando-o um fragmento trémulo sem lugar
no concreto da vida
Não repitas apenas as frases que te sentes obrigado a dizer
como se o Natal devesse preencher um vazio
em vez de o desocultar

Não confundas os embrulhos com o dom
nem a acumulação de coisas com a possibilidade da festa:
o que recebes de graça
só gratuitamente poderás partilhar

Cuida do exterior sabendo que ele é verdadeiro
quando movido por uma alegria que vem de dentro

Uma só coisa merece ser buscada e celebrada, uma só:
o despertar de uma Presença no fundo da alma

Por isso o Natal que é teu não te pertence
Só a outro o poderás pedir.


José Tolentino Mendonça

 

CONTO (482)

 

O GRILO DIFERENTE

Era uma vez um grilo que não gostava de ser semelhante aos outros grilos, não queria ser confundido com nenhum deles.

Por isso, não se juntava com os colegas. Os outros, quando iam para a escola, diziam-lhe:

- Vem connosco! Na escola fazemos coisas muito interessantes. E depois é bom estar com os amigos!

Mas ele respondia sempre:

- Não tenho tempo! Devo fazer coisas mais importantes!

Os outros riam-se, diziam que ele estava louco e continuavam o caminho. Mas o grilo estava convencido que eles eram loucos e não ligava importância.

0 grilo entretinha-se, sozinho, a fazer o que ele chamava «Toca Fantástica», onde guardava as suas coisas: música bonecos de peluche, jogos de computador… Inventou também estranhos «monstros-robot», fartos de serem comandados só para divertimento do ocioso grilo, revoltaram-se:

- Estamos fartos de estar aqui fechados contigo! És um tirano cruel, sem coração, e só pensas em ti!

O grilo ficou muito irritado e ordenou que mudassem de opinião. Mas foi inútil. Os «Monstros-robot» fugiram e foram lá para fora brincar na neve.

Foi assim que, de um momento para o outro, o grilo percebeu que todas essas coisas que tinha na sua toca não lhe podiam dar a felicidade. Começou então a chorar.

Passado algum tempo, estendeu as antenas para fora da toca e viu os outros grilos todos a divertirem-se alegremente. Estes, ao vê-lo, ficaram surpreendidos. O grilo perguntou timidamente:

- Posso brincar convosco?

Um deles gritou:

- Volta para a tua toca, tu que te julgas superior aos outros! Não somos dignos de um génio como tu!

Mas um grilo mais compreensivo interrompeu este colega dizendo:

- Não o podemos excluir, precisamente agora que descobriu que é belo estar com os outros.

E voltando-se para o grilo, disse-lhe:

- Vem jogar connosco e não tenhas medo.

A partir daquele dia, o grilo parecia outro. Começou a frequentar a escola com os companheiros e a viver numa toca como a dos outros. E consta que fez muitos amigos e passou a ser feliz.

 In Contos + Mensagens de Pedrosa Ferreira

 

 

A presença de Deus é a verdadeira segurança.
Na verdade, não há qualquer outra.
O amor divino é a total afirmação de quem somos.

Thomas Keating

 


RECOLHA DO CULTO

No início do mês de janeiro passarão pelas casas da paróquia de São Tiago da Ribeira Seca para a habitual recolha do culto.

Agradece-se a colaboração de todos.

 


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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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