Nº 608

MAS, QUEM É ESTE HOMEM?

O melhor da nossa Vida está sempre marcado por pessoas que conhecemos. Antes do melhor que vivemos, no início de cada etapa de “Vida cheia e em cheio”, podemos sempre dizer com certeza absoluta: “hummm… apareceu alguém!”

A verdade é que precisamos de conhecer gente boa para sermos felizes. Não é?

Era uma vez um homem encantador chamado Jesus. Lá na aldeia dele, e depois por onde andou, todos o chamavam “Yeshu”, o diminutivo de “Yeshuah”. E chega de falar dele no passado… Porque, a verdade é que Jesus é um homem fascinante!

Exerce um extraordinário poder de atracão e, à medida que o vamos conhecendo, damo-nos conta que ele se transcende a si mesmo. Não tem em si o fim de si mesmo, é porta aberta a um Mistério de Vida Maior ao qual ele pertence inteiro… Esse Mistério percebemos que não é “daqui”, mas também não é “de longe”… é Íntimo!

Talvez seja esse o verdadeiro significado da transcendência… a absoluta intimidade ou interioridade…

Percebemos isso nele. Transcendência não é distância nem lonjura… é interioridade, intimidade… não é ultrapassar uma distância, mas ultrapassar a superficialidade…

Ele é assim, encantador, e abre-nos a mundos sempre novos, e sempre próximos…

Todos o sentem, ao mesmo tempo, como alguém admiravelmente próximo e inquietantemente “outro”, único… Numa maneira de o sentirmos único que nos faz perguntar “Quem é ele?” e “O que o habita?”… Desde o princípio que é assim, que estas perguntas surgem no convívio com ele.

É alguém com uma capacidade extraordinária de “sintonizar”, de fazer-nos experimentar a comunhão. Nesta capacidade de sintonizar connosco, convida-nos a entrar em intimidade consigo. Se deixamos, percebemo-nos mergulhados no seu próprio ambiente interior de intimidade, ou seja, na sua maneira de falar com Deus, de olhar para as pessoas, de interpretar os acontecimentos e de lidar com as situações…

Quando nos convida a entrarmos em intimidade com ele, está a convidar-nos a entrarmos na intimidade dele!

Rui Santiago

 

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

A liturgia deste domingo propõe-nos, de novo, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste mundo… Convida-nos a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva, mas como dons que Deus colocou nas nossas mãos, para que os administremos e partilhemos, com gratuidade e amor.

Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes. O profeta anuncia que Deus não vai pactuar com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o projeto que Deus sonhou para os homens e para o mundo.

O Evangelho apresenta-nos, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese sobre a posse dos bens… Na despectiva de Lucas, a riqueza é sempre um pecado, pois supõe a apropriação, em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam a todos os homens… Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.

A segunda leitura não apresenta uma relação direta com o tema deste domingo… Traça o perfil do “homem de Deus”: deve ser alguém que ama os irmãos, que é paciente, que é brando, que é justo e que transmite fielmente a proposta de Jesus. Poderíamos, também, acrescentar que é alguém que não vive para si, mas que vive para partilhar tudo o que é e que tem com os irmãos?

Dehonianos

 MEDITAR

AO MEU ENCONTRO

 

Tenho um copo e tenho sede,

olho, pergunto, anseio.

O tempo passa e eu, sem água.

Tenho sede, e tenho um copo.

Vejo, pergunto, olho.

Ando à procura de água, e não a encontro,

e tenho sede.

 

E o copo sou eu,

e a sede, minha angústia,

e a água és Tu,

e eu, quem te procura.

 

Tenho um abrigo e tenho frio,

comprovo, forço, canso-me.

Passa o tempo e eu, sem chave,

tenho frio, e não consigo entrar.

Desisto, forço, fracasso.

Busco a chave, mas não a encontro,

e tenho frio.

E o abrigo é tua casa,

e o frio, minha luta,

e a chave és Tu,

e eu quem anda à tua procura.

 

E busco-te sempre

chave, água ou vento,

mas busco mal,

pois não olho para dentro.

 

E acabo por acreditar que,

embora sem pretender,

adivinho: és Tu

quem sai ao meu encontro.

 

Miguel Diez, in Silêncios guiados CONTO (469)

 

 

ÁGUA!

Um jovem, que participava numa corrida através do deserto, perdeu-se na imensidão das dunas e rochedos. Não perdeu a coragem e continuou a marcha.

Passado algum tempo de caminhada incerta, o sol e a sede começaram a atormentá-lo. Perdeu as forças.

O jovem desanimou e encostou-se a um rochedo no cruzamento de quatro caminhos. O jovem apenas clamava: «Água!»

Passou um médico, examinou-o e disse:

- Jovem, lembra-te que o teu organismo necessita pelo menos de dois litros de água por dia!

Passou um cientista que lhe explicou as qualidades de H2O e o milagre das moléculas que se uniam para formar um elemento tão útil.

Passou um sacerdote que lhe fez um sermão acerca do facto que a água é importante, mas nem só a água é importante na vida.

Passou um bêbado que lhe mostrou uma garrafa de licor, garantindo-lhe que era melhor que a água.

Todos passaram e se afastaram nos seus todo-terreno, levantando nuvens de pó.

O jovem permaneceu lá a gritar com voz cada vez mais fraca: «Água!»

 In  Alegre Manhã de Pedrosa Ferreira

 

Não se é livre senão para amar, porque em tudo o que está fora do amor existe o poder de dominar que oprime e impede o Homem de ser plenamente Homem.

 

François Varillon

 


INSCRIÇÕES NA CATEQUESE - RIBEIRA SECA

Os pais que tenham crianças para frequentar o primeiro ano de catequese na paróquia de S. Tiago, devem dirigir-se à catequista Amélia Ventura, no dia 7 de junho pelas 16h, data do início da catequese, no passal de Ribeira Seca, a fim fazerem a matrícula dos seus filhos.

 

 


CATEQUESE DO NORTE PEQUENO

ANO

CATEQUISTA

DIA

HORA

Sofia Sousa

Domingo, depois da Missa

Raquel Fagundes

Domingo, depois da Missa

Cláudia Meneses

Quarta, depois da escola

Alexandre Oliveira

Domingo, depois da Missa

Márcia Morais

Domingo, antes da Missa

Zita Sousa

Domingo, depois da Missa

CATEQUESE DO NORTE GRANDE

ANO

CATEQUISTA

DIA

HORA

Conceição Santos

Terça, depois da escola

Gilda Machado

Terça, depois da escola

Gorete Silveira

Domingo, depois da Missa

Luísa Matos

Domingo, depois da Missa 

Rosa Matos Pereira

Quinta, depois da escola

10º

Gina Silva

Sexta, depois da escola

FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

RIBEIRA SECA

Tríduo - dias 2, 3, e 4 de outubro às 19h30 horas.

              - Confissões no dia 4 de outubro a partir das 18h30.

Festa - dia 6 de outubro com Eucaristia às 12 horas e procissão às 18 horas.

 


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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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