Nº 607

O DOM

É importante notar que a riqueza, também, reside na diferença, por isso, talentos diferentes contribuem para desempenhos diferenciados. A este respeito, J. L. Martín Descalzo, conta a seguinte fábula que ilustra a importância de conhecer e reconhecer as nossas limitações e capacidades:

 

Um dia, os animais do bosque deram-se conta que nenhum deles era o animal perfeito: as aves voavam muito bem, mas não nadavam nem escavavam; a lebre era ótima corredora, mas não voava nem sabia nadar… E assim com todos os outros. Não seria possível fundar uma academia para melhorar a raça animal? Dito e feito. No primeiro curso de corrida, o coelho portou-se lindamente e todos lhe deram um «muito bom»; mas no curso de voo puseram o coelho no ramo de uma árvore e disseram-lhe para voar. O animal saltou e estatelou-se no chão, com tão pouca sorte que partiu as duas patas e ficou reprovado no exame final. A ave era ótima a voar, mas pediram-lhe que escavasse como a toupeira. Ao fazê-lo, feriu as asas e o bico e, daí em diante, nem sequer pôde voar; com isto, nem passou na prova de escavação, nem conseguiu passar na de voo.

Convençamo-nos: um peixe deve ser peixe, um ótimo peixe, um magnífico peixe, mas não há razão para ser uma ave. Um homem inteligente deve conseguir o máximo rendimento da sua inteligência e não empenhar-se em triunfar nos desportos, na mecânica e na arte, ao mesmo tempo. Uma rapariga feia dificilmente chegará a ser bonita, mas pode ser simpática, boa e ser uma mulher maravilhosa. Só quando aprendemos a amar verdadeiramente o que somos, seremos capazes de transformar o que somos em algo maravilhoso»

 

Por aqui se segue que todas as pessoas têm dons, sejam eles ser um bom músico, um bom professor, uma boa mãe, boa costureira, bom cozinheiro, conversador… perante uma infinidade de talentos existentes será que conhecemos os nossos dons? Como é que me descreveria a uma pessoa que não conheço? Qual o dom que eu tenho? Como é que posso desenvolvê-los? Naturalmente, esse desenvolvimento trará trabalho e empenho, mas certamente, o trabalho compensa!

Ter um dom não significa ser génio nem ter atos geniais, mas, com o que se é e com o que se possui, no simples quotidiano, podemos realizar verdadeiras maravilhas, amar e servir. Pois, em cada um se manifestam os bens do Espírito para o bem comum (Cor 12, 4-11).

Deolinda Silva e Carlos Rodrigues (Adaptado

 

XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM

A liturgia sugere-nos, hoje, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do “Reino”.

Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar sempre mais as suas riquezas, que apenas pensam em explorar a miséria e o sofrimento dos pobres. Amós avisa: Deus não está do lado de quem, por causa da obsessão do lucro, escraviza os irmãos. A exploração e a injustiça não passam em claro aos olhos de Deus.

O Evangelho apresenta a parábola do administrador astuto. Nela, Jesus oferece aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram caducos e precários e que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes… Jesus avisa os seus discípulos para fazerem o mesmo.

Na segunda leitura, o autor da Primeira Carta a Timóteo convida os crentes a fazerem do seu diálogo com Deus uma oração universal, onde caibam as preocupações e as angústias de todos os nossos irmãos, sem exceção. O tema não se liga, diretamente, com a questão da riqueza (que é o tema fundamental da liturgia deste domingo); mas o convite a não ficar fechado em si próprio e a preocupar-se com as dores e esperanças de todos os irmãos, situa-nos no mesmo campo: o discípulo é convidado a sair do seu egoísmo para assumir os valores duradouros do amor, da partilha, da fraternidade.

Dehonianos

MEDITAR

Prece em tarde de setembro…

 

O Amor nosso de cada dia nos dá hoje:

- Como pão que se amassa com cuidado

e, partido, mata a Fome e a Injustiça.

- Como arte de viver em comunhão.

- Como sangue que circula corpo a corpo

num mistério gerador de comPaixão

 

O Amor nosso de cada dia nos dá hoje:

- Como pele que se perde e se renova

em viagem que não vem em nenhum mapa.

- Como prisão que nos prende e nos liberta,

Fidelidade em cada hoje prometida

e experimentada em cada passo que se dá…

 

O Amor nosso de cada dia nos dá hoje,

porque amanhã palavras outras nós diremos

e em querer novo, serão novos os abraços…

 

E Tu, Senhor de cada dia, Senhor de cada noite,  

Traz em sussurro a certeza adivinhada

de que só o Amor põe no Tempo Eternidade…

Ámen!

Glória Marques

 

CONTO (468)

 O ROSTO DE JESUS

Um monge pintor queria fazer uma pintura que fosse a sua obra-prima: queria retratar o rosto de Jesus.

Mas onde encontrar o modelo adaptado que exprimisse juntamente sofrimento e alegria, morte e ressurreição, humanidade e divindade?

O monge pintor pôs-se em viagem: percorreu os caminhos do mundo mas não encontrou o modelo que procurava.

Uma noite, antes de adormecer, pediu a Jesus que lhe mostrasse o seu rosto.

Teve um sonho. Um anjo apresentava-lhe pessoas que tinha encontrado e indicava-lhes pormenores que tornavam o seu rosto parecido ao de Jesus: a alegria de uma jovem esposa, a inocência de uma criança, a força de um camponês, o sofrimento de um doente, o medo de um condenado, a bondade de uma mãe, a severidade de um juiz, a alegria de um palhaço, a misericórdia de um confessor…

O frade pintor, no dia seguinte começou a pintar o quadro, enquanto meditava em Jesus.

Um ano depois, o quadro estava pronto e apresentou-o aos frades, que extasiados, se puseram de joelhos. O rosto de Cristo era maravilhoso, comovedor, interpelador.

 In  Alegre Manhã de Pedrosa Ferreira

 

Há crianças que se alegram com a companhia de "Amigos Imaginários". Há adultos que se martirizam com a companhia de "Inimigos Imaginários".

Quando a cabeça está vazia 
e o coração desocupado de sonhar, 
a vida torna-se um sótão 
cheio de tralhas velhas 
e monstrengos imaginários.

Rui Santiago

 

 


INFORMAÇÕES

RECEITAS DE FESTAS

N.sa Senhora da Encarnação - Ribeira do Nabo - 674,89€

N.sa Senhora do Socorro - Biscoitos - 1.514.60€

 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na Clínica desta Instituição a Dr.ª Renata Gomes, Cardiologista, no dia 8 de outubro de 2013. 

As  marcações podem ser feitas na secretaria da Instituição ou através dos seguintes números de telefone 295 460 111 (secretaria) 295460110 (geral).

 

CÔNSUL DA AMÉRICA

O Cônsul Americano estará no dia 26 de setembro, a partir das 10h30, no Auditório Municipal de Velas à disposição de todos os que queiram renovar passaportes ou outros serviços de notariado.

 

TRANSPORTES PARA O DIA DAS ELEIÇÕES

A Câmara Municipal da Calheta informa que se encontram disponíveis viaturas para o transporte dos munícipes que pretendam deslocar-se ás assembleias de voto no dia 29 de setembro no seguinte horário:

- Ribeira Seca a partir das 8 horas;

- Fajã dos Vimes e Portal pelas 9 horas;

- Loural pelas 14 horas;

- Relvinha, Rua Nova e Rua de Baixo a partir das 8 horas;

- Biscoitos pelas 11h30 (após a Missa);

Para outros transportes deverão contactar as Juntas de Freguesia.

 

FESTA DO BOM JESUS

FAJÃ GRANDE

Tríduo: 25, 26 e 27 de setembro às 20 horas.

Festa dia 29 de setembro:

                        - Eucaristia de festa às 16 horas seguida de procissão.

 

FESTA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

RIBEIRA DA AREIA

Dia 29 de setembro - Eucaristia de festa às 13 horas  seguida de procissão.

 

 


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Nº 1148

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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