Nº 597

 

A MISSA NOVA DO CARLITOS
Hoje é a Missa Nova do Carlitos… Hoje chamam de Missa Nova, quando foi a minha, dizíamos Missa de Ação de Graças. O que interessa é esta entrega pela causa do Reino de Deus.
Lembro-me muito bem que há alguns anos a Irmã Filomena me disse:
- Ó Padre Manuel, eu acho que aquele rapaz dava um bom padre.
E lá me foi descrevendo as qualidades do Carlos, ao mesmo tempo que os seus olhos brilhavam de uma alegria por ter ajudado aquele rapaz a procurar esta entrega pelo Reino.
Sei que naquele tempo lhe respondi:
- Se é assim, o rapaz que vá para o Seminário e logo se vê.
Mas a Irmã Filomena disse:
- Mas ele tem muitas dificuldades, até arranjou um trabalhinho para ver se consegue ir para o Seminário.
Eu disse-lhe:
- O principal é ele querer, o resto há de se resolver.
Esta vida de sacerdote é feita destas histórias simples, vida comuns com os seus quase nada de importante, descobertas que se vão fazendo, caminhos que se vão transformando e tornando mais “ordenados” pelo amor e critérios de Deus.
É bom olhar a vida desta forma. Não pensar que o sacerdote tem um rasgo especial de Deus, como uma criatura diferente, alguém sem os pés na terra.
Sentir-se muito amado de Deus é coisa de todos, porque “Deus é Amor” lá diz o escritor, e este Amor só pode ser percebido com amor e quem o percebe “rebenta” para o deixar transparecer na vida e ser proclamado com a palavra.
É por isso que a Missa Nova é de toda a família de Deus. É de nós todos. Porque todos somos amados por Deus e todos valemos muito para Ele.
Pe. Manuel António
XV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Fazer o mesmo
Quem é o nosso próximo? Em geral dizemos que é aquele que precisa de nós mas na Parábola de Jesus, próximo é aquele de quem nós precisamos.
- Quem foi o próximo daquele infeliz?
- Aquele que usou de misericórdia para com ele.
- Então, vai e faz o mesmo, isto é, vai e ama quem usou de misericórdia para contigo. Ama quem te ajudou.
Com quem nos devemos identificar? Com o samaritano ou com o necessitado? Jesus sugere-nos a identificação com o segundo:
- Não fiques retido por quem te socorreu mas age como ele. Lembra-te que deves a tua sobrevivência a outrem. Ama-o no teu coração e quando tiveres oportunidade, faz por outro o que ele fez por ti.
Todos nós somos necessitados mas há sempre alguém que nos socorre. Amar o próximo é ser gratos com quem nos ajuda.
Recordo a canção de um amigo meu a propósito desta Parábola:
Na longa estrada de Jericó
um homem sofre e eu vou passar,
vou apressado, vou em missão
mas bate triste meu coração.
Se eu penso em mim tu ficas só,
se eu penso em ti seremos nós.
E a tua dor vai acabar
e eu mais seguro vou caminhar!
Seremos dois a enfrentar
a longa estrada de Jericó.
Não temerei, não temerás
os salteadores que espreitam lá.
E na cidade de Jericó
vamos cear Amor e Pão.
E quem nos vir, há de pensar:
Vale sempre a pena estender a mão.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
 
MEDITAR
 
Ó MEU MESTRE!
Não sei como cantas, ó mestre!
Escuto sempre em silencioso deslumbramento.
A luz da tua música ilumina o mundo.
O sopro de vida da tua música voa de céu em céu.
A torrente santa da tua música rompe qualquer obstáculo de pedra - e jorra.
 
O meu coração anseia por juntar-se ao teu cântico, mas em vão se esforça por ter voz.
Eu poderia falar, mas a linguagem não se transforma em cântico, e, confundindo, choro em voz alta.
Ah! Tu fizeste o meu coração prisioneiro nas malhas sem fim da tua música, ó meu mestre!
Rabindranath Tagore
 
CONTO (457)
 
O RIO E O DESERTO
Um rio, durante a sua tranquila corrida para o mar, chegou a um deserto e ali parou. Diante dele tinha apenas rochas e dunas de areia a perder-se no horizonte. O rio ficou cheio de medo.
Desesperado disse:
- É o meu fim. Não conseguirei atravessar este deserto. A areia absorverá a minha água e desaparecerei. Não chegarei ao mar.
Lentamente, as suas águas começaram a enfraquecer-se. O rio estava a tornar- -se num pântano e a desaparecer.
Mas o vento tinha escutado estes lamentos e sugeriu-lhe:
- Deixa-te aquecer pelo sol. Subirás ao céu em forma de vapor de água. No resto pensarei eu.
O rio ainda teve medo:
- Eu fui feito para correr entre duas margens e não para voar.
O vento respondeu:
- Não tenhas medo. Quando subires ao céu em forma de vapor de água, tornar-te-ás numa nuvem. Eu levar-te-ei nos ares através do deserto e poderás cair de novo sobre a terra em forma de chuva. Tornarás a ser rio e chegarás ao mar.
Mas o rio tinha muito medo e foi devorado pelo deserto.

 In Alegre Manhã de Pedrosa Ferreira

 

Amar é conjugar a vida. 
Conjugar como um verbo: nos seus tantos tempos, nas suas tantas ações, nos seus tantos estilos, nas suas tantas condições.

Amar é conjugar a vida, e não amar é o presente do indicativo da morte.
 Rui Santiago  

 

INFORMAÇÕES
FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
A festa de Nossa Senhora do Carmo, no dia 16 de julho, terá uma Eucaristia às 9 horas e a Eucaristia de festa será pelas 19h00 seguida de procissão.
 
FESTA DE Nª Sr.ª de FÁTIMA
A festa de Nª Sr.ª de Fátima na Fajã das Almas - Manadas é no próximo domingo, 21 de julho, pelas 11 horas.
 
FESTA DE SÃO TIAGO
A festa de São Tiago na Ribeira Seca é no próximo domingo dia 21 de julho, com Eucaristia às 11 horas seguida de procissão.
 
MANHÃ INFANTIL
No âmbito do Festival de Julho, a Câmara Municipal da Calheta, relembra todos os pais, que se realiza no dia 19 de julho, pelas 10h00 no Campo de Futebol Municipal a manhã dedicada às crianças.
Informa, que poderão ainda inscrever-se até dia 16 de julho (terça-feira).
Contato: 295 416 446/324

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Agenda Pastoral

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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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