Nº 397

O JARDINEIRO E O ANJO

Era uma vez um santo que tivera uma vida longa e feliz. Um dia veio visitá-lo um anjo do Senhor, que o encontrou na cozinha do mosteiro a esfregar panelas e sertãs.

- Deus enviou-me -disse – chegou a hora de te levar para a vida eterna.

O bom homem respondeu:

- Agradeço ao Todo- poderoso a Sua bondade mas, como estás a ver, não posso deixar todos estes pratos sujos. Não me quero mostrar ingrato, mas não seria possível diferir a minha viagem para o outro mundo, para quando acabar esta tarefa?

O anjo fitou-o com ar bondoso.

- Veremos o que se pode arranjar – disse. E desapareceu. O santo continuou atarefado com os seus muitos afazeres. Um dia andava a sachar o quintal, o mensageiro de Deus apareceu-lhe novamente. O virtuoso varão apontou-lhe, com a enxada, os sulcos semeados.

- Olha quanta erva tenho que arrancar - disse. Não achas que devíamos de diferir ainda um pouco a viagem para a eternidade?

E sorrindo novamente, o anjo desapareceu.

O santo continuou a trabalhar com a enxada e o trigo foi ficando loiro. Entre uma e outra tarefa, o tempo foi passando até que um dia o incansável monge andava no hospital a atender os doentes.

Acabava de levar água para dar de beber a um deles, que estava com febre e, ao erguer os olhos, viu novamente o anjo do Senhor.

Desta vez o santo limitou-se a abrir os braços num gesto de resignação. Com o olhar, indicou ao anjo a sala onde tanta gente sofria. Sem dizer palavra o anjo sumiu-se.

Mas naquela noite, ao voltar para a cela do mosteiro, o bom homem sentiu-se velho e cansado. Então exclamou:

- Senhor, se quiseres mandar-me agora o Teu mensageiro, já estou disposto a recebê- -lo.

Mal acabou de dizer isto, o anjo apareceu-lhe outra vez.

- Se me quiseres levar - declarou o santo - estou pronto para fixar no céu a minha morada.

Então, olhando para o santo com ares entendidos, o anjo respondeu:

- Fixar no céu a tua morada? E onde pensas que tens estado até agora?

 

In + VIDA+ de SDEC Porto

 

XXIV DOMINGO COMUM

TEMA

A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.
No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.
(Dehonianos)

 

MEDITAR

Coração para servir

Ó Cristo,

para poder servir-Te melhor,

dá-me um coração generoso.

 

Grande no meu trabalho:

vendo nele não uma imposição,

mas a missão que me confias.

 

Grande no sofrimento:

verdadeiro soldado da minha cruz,

verdadeiro Cirineu para a cruz dos outros.

 

Grande no mundo:

compreensivo com as fragilidades,

mas imune às glórias vãs.

 

Grande com os homens:

leal para todos,

mas atento principalmente aos pequenos e humildes.

 

Um coração grande para comigo mesmo:

nunca centrado em mim,

sempre apoiado em Ti.

 

Um coração grande para contigo,

Ó meu Senhor; feliz por servir-Te

E por servir os meus irmãos todos os dias da minha vida.

 

Inácio Larrañaga

 

CONTO (272)

AMAR A VIDA

Depois de uma aula sobre o sentido da vida humana, a aluna aproximou-se do professor e perguntou-lhe:

 

- Professor, quanto vale a vida humana?

O professor, ficou pensando. Naquele momento passaram-lhe pela mente as questões clássicas - donde venho? O que faço? Para onde vou? A vida humana acaba nesta terra? Existe o transcendente? Quem dá sentido à vida? - Após alguns momentos, retirou o seu anel com uma pérola que tinha no dedo, entregou-o à aluna e disse-lhe:

- Vai perguntar às pessoas quanto vale o anel. Mas não o vendas. Depois de saberes as respostas vem ter comigo.

A aluna encontrou uma senhora a vender cerejas e perguntou-lhe:

- Quanto me dá por este anel?

- Dou-te 10 quilos de cerejas, respondeu a senhora.

A seguir encontrou um senhor que vendia uvas:

- Quanto me dá por este anel?

- Dou-te 100 quilos de uvas.

Mais adiante encontrou uma ourivesaria. Entrou e perguntou:

- Quanto me dá por este anel?

- Fico com ele por 200 euros.

Entrou noutra ourivesaria. O ourives ao examinar o anel, olhando por cima dos óculos, com uma expressão enigmática, disse à aluna:

- Este anel vale mesmo muito. Pode ter um valor incalculável.

Depois, a aluna foi ter com o professor. Entregou o anel ao professor.

Este interpelou a aluna:

- Entendeste agora quanto vale a vida humana?

- Não. Respondeu a aluna.

- Pois é, disse o professor. Para uns, a vida humana vale 10 quilos de cerejas, para outros 100 quilos de uvas, para outros 200 euros. Mas o valor da vida é incalculável. Não há dinheiro que pague o valor da vida humana. É que a vida humana não é mercadoria, não é material negociável, mas é um dom de Deus dado à própria pessoa. E nenhum dom se negoceia, mas respeita-se, por ser dom, pela ligação à pessoa que no-lo deu e pela marca da sua dignidade.

 

In + VIDA+ de SDEC Porto

Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras.
(Autor desconhecido)


 

FESTA DE NOSSA SENHORA DAS DORES

FAJÃ DO OUVIDOR

Tríduo:16, 17 e 18 de Setembro às 20 horas
Festa dia 20 de Setembro:
- Eucaristia de festa às 13 horas
- Procissão às 18h30

FESTA DE SÃO MATEUS

URZELINA

Festa dia 20 de Setembro:
- Eucaristia as 17 horas seguida de procissão

 


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Agenda Pastoral

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Nº 1145

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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