Nº 567

 

FELIZ NATAL

 
Jesus, neste Natal encontrar-nos-ás?...
Já houve um dia em que não tiveste lugar nas casas iluminadas da cidade...

Hoje, com as pernas e o Coração a Caminho,
procuro-Te nas ruas enfeitadas,
nas luzes, nas montras, nos rostos,
nas mãos carregadas de presentes sem história…

Há passos apressados e sacos cheios de menoridades necessárias
que esvaziam as algibeiras
mas não vejo encherem muito os corações…
Há rostos pesados e cansados
de olhares em sobressalto
entre a mais recente promoção e os últimos nomes da lista…
Há embrulhos, laços, postais, música…
E há as crianças...
Sim, sempre elas, a dar o tom da Alegria
sem outra preocupação senão descobrir a última novidade
no céu, no semáforo que fica intermitente
ou no rafeiro que está deitado à entrada de um prédio...
Há as crianças...

Porque a alegria da maior parte dos que não são como elas não me convence…
Estão preocupados demais
para poderem estar alegres.
Estão apressados demais
para saborearem os caminhos que percorrem.
Estão ocupados demais
para perguntarem o porquê dos gestos que fazem.

Parece-me que o Natal lhes sai dos bolsos
mas não lhes entra no coração!

E depois, sem que se deem conta,
o Natal já passou.
E não ficou…
Rui Santiago (Adaptado)
 

.III DOMINGO DO ADVENTO

Alegrai-vos

O tema desta etapa do Advento gira à volta da pergunta: 'e nós, que devemos fazer?' A resposta repete-se nas várias leituras: 'Alegrai-vos'.
Há dois dias atrás celebrou-se a memória de São João da Cruz. Santa Teresa de Ávila, afirmou a seu respeito que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem vê-lo em êxtase. As grandes almas deleitam-se ao ouvir tão somente o nome de Deus.
E eu fico a pensar em tantos sermões que fiz ou que ouvi, tantas leituras, outras tantas exortações, celebrações etc. Mas quantas vezes me deixei arrebatar pelas coisas de Deus? Não interessa quem anuncia, não importa o que diz, basta só pronunciar esse nome para incendiar uma alma santa.
Quanta gente se lamenta, como eu, que as palavras do padre nada lhe diz, que os discursos da Igreja já não comovem! De quem será a culpa? Ouvir pronunciar o nome do Senhor era suficiente para inebriar o coração de São João da Cruz, porque tinha um grande amor.
Por coincidência, li recentemente que os cientistas concluíram que rir é o melhor remédio para o coração, diminuindo os danos causados pelo stress.
Que devemos fazer para preparar o caminho do Senhor?
Alegremo-nos e o nosso coração estará em condições para O receber.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
 

MEDITAR

 

QUANDO PODEREMOS DIZER QUE É NATAL?

 
Quando poderemos dizer que é Natal?
Quando os preparativos todos se avizinharem do fim
segundo o mapa que nós próprios estabelecemos
ou quando nos acharmos pequenos e impreparados,
à espera do que vai chegar?
Quando, seguras de si, as mãos se fecharem
sobre tarefas e embrulhos
ou quando se declararem simplesmente disponíveis
para a reinvenção da partilha e do dom?
 
Quando poderemos dizer que é Natal?
Quando os símbolos nos saciarem com o seu tilintar encantado
ou quando aceitarmos que tão só eles ampliem
o tamanho da nossa sede?
Quando nos satisfizer o vento que sopra de feição
ou quando avançarmos entre contrários
provados pela aspereza e pelo silêncio
unicamente movidos por uma confiança maior?
 
Quando poderemos dizer que é Natal?
Quando a fronteira do calendário ritualmente nos disser
ou quando, hoje e aqui, o nosso coração ousar?
 
José Tolentino Mendonça
 

CONTO (430)

 

O GUARDA-CHUVA VERMELHO

Ele era um jovem estudioso e sério e ela uma rapariga bela e inteligente. Amavam-se ternamente. Antes de partir para o serviço militar, ele quis dar-lhe um presente que lhe recordasse o seu amor. Como tinha pouco dinheiro, depois de percorrer algumas lojas, acabou por comprar um guarda-chuva vermelho. Foi debaixo desse guarda-chuva vermelho que se despediram, declararam um amor eterno e decidiram casar-se.
Quando mudaram para a nova casa, esconderam o guarda-chuva num sótão para arrumações onde poucas vezes se entrava.
Passaram os anos. Tiveram dois carinhosos filhos, muitas preocupações diárias, também algumas alegrias. Como é normal, também entrou nessa casa a terrível rotina. E passavam por vezes horas de silêncio, sem nada para comunicar.
Uma noite, sentados no sofá, ele e ela bocejavam diante da televisão. Ela, de repente, levantou-se, correu ao sótão das arrumações e regressou com o guarda-chuva vermelho.
Abriu-o e uma nuvem de pó levantou-se nos ares. Depois sentou-se no sofá com o guarda-chuva aberto. Passado algum tempo, ele olhou-a nos olhos, sorriu e juntou-se a ela debaixo do guarda-chuva. Abraçaram-se ternamente.
Reviveram nessa noite os sonhos do dia em que prometeram amar-se eternamente.
 In Alegre Manhã de Pedrosa Ferreira

 

A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.
Autor desconhecido
 

 

INFORMAÇÕES

 

FESTA DE SÃO LÁZARO

Dia 17 de dezembro, festa de São Lázaro no Norte Pequeno.
Eucaristia às 15 horas seguida de procissão.
 

CONFISSÕES

DIA 18 de dezembro: Ribeira Seca às 16h.
                                              Biscoitos às 17h.
DIA 19 de dezembro: Santo António 14h.
                                         Norte Grande 14h.
                                         Beira 17h.
 

CLÍNICA DENTÁRIA

A Clínica Dentária Nª Sr.ª de Fátima (Casa do Povo da Ribeira Seca) informa que a Dr.ª Cátia Reis, médica dentista, dará consultas de medicina dentária de 18 a 26 de dezembro de 2012. Marcar através do nº 962577473.
 

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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