Nº 539
TRINDADE
Neste domingo celebramos a Festa da Santíssima Trindade. Trindade que é família, é amor.
As festas que estamos a viver, acontecem num tempo em que parece que estamos a aprender a viver sem Deus. Em que o interior, o espiritual parece já não fazer sentido.
Vivemos entretidos com umas coisas, preenchendo a vida com o imediato, enganando todos os horizontes por onde possa entrar Deus.
Estamos a aprender a viver sem metas, sem raízes. Vivemos ao sabor dos de fora, os programas de outros que nos entretêm e nos ditam o que devemos fazer e por onde ir. Vivemos com muita mais informação e tecnologia mas parece que estamos cada vez mais desorientados e perdidos.
Parece que nos interessamos com as grandes questões da vida mas prontamente caímos na apatia e na indiferença. Arrastamo-nos pela opinião alheia e pouco profunda. Por vezes, o que está na moda, o que os outros dizem e fazem. Por mais estranho que pareça, parece que temos tudo para sermos felizes, mas vivemos numa infelicidade e numa angústia. Habituamo-nos a chamar-lhe stress. Novos e velhos usam esta palavra como quem se arrasta no tempo.
Estamos a aprender a viver sozinhos, sem laços de amizade. Não vivemos mais com os outros, temos o nosso canto as nossas coisas que não nos dão amor.
Estamos a aprender a viver sem Deus. Já não Lhe damos lugar e nem vez. Fazemos muito ruído, preenchemos a nossa vida com muito barulho e desassossego para não ouvirmos a Sua voz. Desaprendemos que Jesus nos dá um rosto de Deus cheio de amor e ternura. Um Deus próximo que nos deixa livres até para nos afastarmos d’Ele. Para O esquecermos.
Nestas Festas do Divino Espírito Santo é bom perguntar o que fizemos de Deus? Que lugar Ele tem em nossas vidas? (se é que ainda tem ou alguma vez teve).
Pe. Manuel António
DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Deus não é solidão
Nas aulas de Educação Moral e Religiosa, quando eu perguntava que nome davam a Deus os muçulmanos ou os Hebreus, os alunos, em geral, respondiam corretamente Alá e Javé. Mas sempre hesitavam ao apresentar o nome pelo qual nós católicos chamamos a Deus. Só quando eu fazia o sinal da cruz sobre mim mesmo é que se lembravam que do nome de Pai, Filho e Espírito Santo. Acho isto interessante porque afinal Deus é relação. Mais do que por definições, é pelos gestos e atitudes que percebemos quem é Deus.
A solenidade da Santíssima Trindade recorda-nos que Deus não é um ser solitário, perdido nos espaços infinitos. É um Deus comunitário, uma família divina, uma comunidade de vida e de amor. Deus é comunicação.
Uma vez perguntei:
- Quem quer dizer como se chama Deus?
Um aluno respondeu de imediato:
- Deus chama-se rezando.
Gostei da resposta que foi mais profunda do que esperava. Não referia o nome de Deus, como eu pretendia, mas a maneira de entrar em relação com Ele.
Todo o ano 2000 é um ano santo, ano jubilar, marcado pela alegria do conhecimento e da experiência dum contacto vivencial com o nosso Deus que é Pai e Filho e Espírito Santo, isto é Trindade.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
1 junho (Dia Mundial da Criança)
Quando eu for crescida e já puder fazer tudo o que me apetecer,
ensina-me a amar sempre primeiro, para que me apeteçam sempre coisas boas...
quando eu for crescida e puder ir para onde eu quiser,
ajuda-me a escolher caminhos onde encontre muitas pessoas fixes e possa fazer amigos...
quando eu for crescida e puder imaginar o que eu quiser
e pôr-me a pensar nos programas que eu gostar mais,
faz que eu não pense só em mim...
E agora ponho aqui “amen” para que não tenhas dúvidas que isto é mesmo a sério.
Gosto muito MUITO de ti.
AMEN
Rui Santiago cssr
CONTO (403)
O ACIDENTE
Uma jovem mulher, terminado o dia de trabalho, regressava a casa de automóvel.
Conduzia com muita atenção porque o automóvel que estava a utilizar era novo, retirado no dia anterior do «stand». Fora comprado sobretudo com as economias do marido. Este tinha feito bastantes renúncias para poder adquirir aquele modelo.
Numa encruzilhada particularmente movimentada, a mulher teve um momento de indecisão e foi bater com o pára-choques numa outra viatura.
A jovem mulher, terminado o susto do embate, começou a chorar. Como iria ela explicar ao marido o que acontecera ao carro novo?
O condutor da outra viatura foi compreensivo, mas explicou que ambos deviam tomar nota do número de matrícula e dos documentos necessários para a Companhia de Seguros.
A mulher procurou então esses documentos numa grande bolsa de plástico. Da bolsa caiu então uma folha de papel.
Depois do outro condutor se ter retirado, ela, sozinha, desdobrou esse papel para ver de que se tratava.
Numa caligrafia masculina estavam estas palavras: «Em caso de acidente… recorda, meu tesouro, eu amo-te a ti, não ao automóvel!».
In Alegre Manhã de Pedrosa Ferreira
Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.
INFORMAÇÕES
FESTA DO SANTÍSSIMO NA RIBEIRA D’AREIA
Tríduo nos dias 4, 5 e 6 de junho às 20 horas.
Dia 7 de junho - Missa de festa às 13 horas e procissão às 19:30 horas
REUNIÃO DE PREPARAÇÃO PARA O CRISMA - CALHETA E VELAS
As reuniões para os que vão receber o sacramento do crisma nas Igrejas Matrizes da Calheta e Velas serão na próxima sexta-feira, 8 de junho, às 20 horas, nas respetivas Igrejas Matrizes.
Devem estar presentes os padrinhos, os pais e os que vão receber o sacramento do crisma.
ENCERRAMENTO DA CATEQUESE NAS MANADAS
No próximo domingo, dia 10 de junho, faremos o encerramento da Catequese na Paróquia das Manadas. No sábado, dia 9 de junho, pede-se a presença de todos os catequistas, crianças e jovens do centro de catequese para prepararmos a celebração. A preparação vai ser realizada na igreja de S. Bárbara.
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Nº 1168Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
«O amor é uma coisa «perigosa», só ele traz a única revolução que proporciona felicidade.
São poucos os que são capazes de amar, e tão poucos os que querem o amor.
Amamos segundo as nossas próprias condições, fazendo do amor um coisa de mercado. Temos mentalidade mercantil, mas o amor não é comercializável nem é um negócio de troca.
O amor é um estado de ser, no qual todos os problemas humanos se resolvem. Vamos ao poço com um dedal e assim a vida torna-se uma coisa sem qualidade, insignificante e limitada.»
J. Krishnamurti, in "Cartas a uma jovem amiga
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