Nº409

 

NÃO MAIS OS MUROS

Há algo que não é necessário comprar, lutar, reivindicar, exigir. É algo que nasce como inerente ao ser humano e todos se dizem adeptos e defensores.

É algo que todos achamos que deve ser por todos respeitado e guardado como se fosse coisa sagrada.

É algo que desejamos ter e nem sempre vemos e defendemos para os outros.

Esse algo são os Direitos Humanos reconhecidos e assinados pelos povos. Causa de reuniões e convenções, fóruns e palestras, encontros entre países e causa de embargos económicos quando se quer exigir que sejam respeitados por déspotas e ditadores.

E criam-se barreiras aos mesmos direitos pelos dirigentes e pelas comunidades, pelas raças e pelas religiões. Dizem: «Temos direitos…» e para se defenderem lutam contra os direitos  que são de todos.

Criam-se muros  e a esperança de assegurar e ter os direitos que são de todos são vedados  e impedidos. Às vezes são muros de pedra ou cimento como o de Berlim. Mas há muros de arame farpado, muros defendidos por homens armados que abatem os outros  que têm os mesmos direitos. Muros que separam os homens e até as famílias.

Há muros feitos de gritos e de ódio. Muros de palavras que ofendem e degradam. Muros que desfazem vidas e separam…

Sempre que se levantam muros impede-se de ver e de abraçar, impede-se de sentir e  de estar.

Há muros de jardim que guardam lindas flores que são dádiva. Estes estão ao alcance de todos e as suas flores fazem nascer dentro de cada um os melhores sentimentos, dão alegria e felicidade. Transmitem amor e criam o sorriso que abatem muros. Que bom seria que todos cultivassem estes jardins de proximidade e compreensão…

Os jardins floridos conduzem à igualdade e reconhecimento do outro como pessoa dotada de razão e consciência. Abrem à liberdade e dão segurança.

Que bela é a vida reconhecida como dádiva e desenvolvida na ajuda e compreensão.

Não querer mais a escravidão seja individual ou colectiva, de povos ou de raças é criar a fraternidade e a igualdade.

Gostaria de erguer a voz e proclamar que em todos os lugares e recantos do mundo as pessoas se sentem como irmãs e membros de uma mesma família, porque os seus direitos não reconhecidos e cultivados.

                                                                                                                                                                    Pe. Manuel António

 

II DOMINGO DO ADVENTO

Tema:

Podemos situar o tema deste domingo à volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os baptizados, chamados – neste tempo em especial – a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer.

O Evangelho apresenta-nos o profeta João Baptista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos.

A primeira leitura sugere que este “caminho” de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta libertadora que Deus nos faz. A leitura convida-nos, ainda, a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Deus que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades.

A segunda leitura chama a atenção para o facto de a comunidade se dever preocupar com o anúncio profético e dever manifestar, em concreto, a sua solidariedade para com todos aqueles que fazem sua a causa do Evangelho. Sugere, também, que a comunidade deve dar um verdadeiro testemunho de caridade, banindo as divisões e os conflitos: só assim ela dará testemunho do Senhor que vem.

(Dehonianos)

 

MEDITAR

SE ASSIM, POR MIM, ALGUÉM PASSA

 

Se me deixo moldar por Ti, docilmente, em pequeninos grãos me faço.
Se resisto à doçura da tua água fico pedra dura que nada quebra.
e se, assim, por mim alguém passa, corre o perigo de escorregar e magoar-se.

És o meu Mar…
Se olho para Ti, nenhuma onda Tua, mansa ou forte, me arrasta sem que eu queira
nenhuma água forte me apanha sem que eu me dê conta.

Se deixo de Te contemplar, estar tão perto de Ti é perigoso
porque as Tuas águas podem chegar a ser violentas, se não Te olho nos olhos…
… se não
Te recebo, onda após onda, que nunca paras.

És o meu Mar…
Se me deixo moldar por Ti, docilmente, nunca poderei estar só
serei uma praia com mil grãos de areia
e se, assim, alguém passa por nós, seremos caminho seguro que não fere os pés
seremos lugar sereno onde, quem passa, pode sossegar e contemplar-Te
olhar-Te nos olhos e dizer:

És o meu Mar…

Do blog Anawîm Yeshuah

 

CONTO (282)

 

O COFRE DOS VIDROS

Era uma vez um idoso viúvo que vivia só. Tinha trabalhado toda a vida mas os infortúnios fizeram com que vivesse muito pobremente.

Tinha três filhos rapazes já casados, mas tão ocupados com as coisas que só tinham tempo para jantarem com o pai uma vez por semana.

O idoso estava a ficar cada vez mais velho e os filhos visitavam-no cada vez menos. Uma noite, pensou então numa estratégia, que no dia seguinte pôs logo em prática.

Foi ter com um amigo carpinteiro e pediu-lhe que fabricasse um cofre grande com uma velha fechadura. Depois foi ter com um amigo vidreiro e pediu-lhe todos os pedaços de vidro partido que possuía.

O idoso levou o cofre para casa, meteu dentro do cofre os pedaços de vidro, fechou-o e colocou-o debaixo da mesa da cozinha. Quando os filhos foram jantar, perguntaram:

- Que tem nesse cofre?

O idoso respondeu:

Não é nada. Apenas algumas coisas que economizei ao longo da minha vida.

Os filhos empurraram-no e viram que era muito pesado e, além disso, tilintava muito. Cochicharam uns para os outros:

- Deve estar cheio com o oiro que economizou ao longo de tantos anos.

Deliberaram ajudar o pai a guardar esse valioso tesouro, passando a viver em casa dele, um de cada vez. Na primeira semana esteve o mais novo, na segunda veio o segundo filho e depois o terceiro. Havia sempre alguém em casa ao lado do velhote a velar pela segurança do tesouro.

Um dia, o idoso adoeceu e morreu. Os filhos fizeram-lhe um bonito funeral, pois sabiam que ele tinha um uma grande fortuna debaixo da mesa. Quando acabou a cerimónia, procuraram em casa até encontrar a chave e abriram o cofre. Estava cheio de vidros partidos!

O mais velho disse:

- Que crueldade para com os seus filhos!

O segundo filho disse:

- Sejamos francos. Se não fosse por causa do cofre, teria morrido abandonado.

O mais novo disse:

- Estou envergonhado de mim próprio. Obrigámos o nosso pai a rebaixar-se a um engano para que não o abandonássemos.

O filho mais velho esvaziou totalmente o cofre para ver se teria algo escondido entre os vidros. Os três olharam para o fundo do cofre e leram o que estava escrito: «Honra o teu pai e a tua mãe!».

In  Contos+Mensagens  de Pedrosa Ferreira

 

 

Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.


(Ghandi)

A gratidão é um fruto de grande cultura; não se encontra entre gente vulgar.

(Samuel Johnson)

 


 

ACTIVIDADE DE NATAL

No dia 12 de Dezembro haverá uma actividade para os jovens no Norte Grande.

Ás 14 horas - concentração

Depois haverá uma pequena celebração e apresentação do trabalho desenvolvido pela Associação de Apoio à criança com necessidades educativas especiais. Lanche da responsabilidade da equipa da Pastoral Juvenil. Trabalho de grupo e encerramento com entrega de lembranças. Pede-se em especial aos jovens que frequentam os 9ª e 10º anos e os que estão para se crismar, que participem.

 


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Nº 1145

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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