Nº 518

 

“E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram grande alegria”.

SINAIS

Ainda há sinais. Sinais simples que falam. É preciso abrir os olhos para ver. Disponibilidade para aceitar e compreender. Deixar-se envolver por eles para caminhar e ir até onde eles nos podem guiar.
Às vezes é preciso ter os olhos cheios da simplicidade de uma criança para podermos seguir esses sinais. São simples, pequenos, frágeis, por vezes até insignificantes e, os nossos olhos cheios de outras coisas, habituados a outras estrelas, já não conseguem ver e seguir os sinais.
Há outras vozes dentro de nós a ocupar espaços, a encher o coração, a dizer que não vale a pena seguir pelo caminho da beleza de um pôr de sol, da prata calma do mar, do vento que embala de mansinho e suaviza o rosto, da estrela que desperta o nosso olhar e que faz voltar os olhos para o céu.
Não faz mal ter o olhar da infância, ir de mansinho atrás daquilo que nos cativa, procurar seguir o sonho que seduz. Ter os olhos brilhantes pela novidade que encanta.
Que bom é seguir a “estrela”, assim, como os Reis Magos. Hoje diríamos que são uns lunáticos, sem orientação e compreensão. Perseguem coisas irrealizáveis, sem sentido. Deixam-se ir em cantigas.
Se nos falarem de desgraça, de sombras que atormentam, como aquelas dos telejornais, ficamos alarmados, inquietos… e, somos capazes de os seguir e anunciar.
Há sinais ainda da beleza de Deus à nossa volta. Sinais que nos vêm pelas coisas boas que por ai andam e acontecem e que não queremos ver. Há sinais da bondade de Deus que acontece na fraternidade, no encontro, no perdão.
Há sinais tão próximos a acontecer que é preciso acolher e contemplar. Não deixemos os sinais da presença de Deus passar sem nos deixarmos envolver por eles.
Pe. Manuel António
 

SOLENIDADE DE EPIFANIA DO SENHOR

 

 

Tema

 

A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projecto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem excepção.

A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.

Dehonianos

 

MEDITAR

OS REIS MAGOS

Diz a Sagrada Escritura
Que, quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.
Estrela nova ... Brilhava
Mais do que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.
Avistando-a, os três Reis Magos
Disseram: “Nasceu Jesus!”
Olharam-na com afagos,
Seguiram a sua luz.
E foram andando, andando,
Dia e noite a caminhar;
Viam a estrela brilhando,
sempre o caminho a indicar.
Ora, dos três caminhantes,
Dois eram brancos: o sol
Não lhes tisnara os semblantes
Tão claros como o arrebol
Era o terceiro somente
Escuro de fazer dó ...
Os outros iam na frente;
Ele ia afastado e só.
Nascera assim negro, e tinha
A cor da noite na tez :

Por isso tão triste vinha ...

Era o mais feio dos três !
Andaram. E, um belo dia,
Da jornada o fim chegou;
E, sobre uma estrebaria,
A estrela errante parou.
E os Magos viram que, ao fundo
Do presépio, vendo-os vir,
O Salvador deste mundo
Estava, lindo, a sorrir
Ajoelharam-se, rezaram
Humildes, postos no chão;
E ao Deus Menino beijaram
A alava e pequenina mão.
E Jesus os contemplava
A todos com o mesmo amor,
Porque, olhando-os, não olhava
A diferença da cor …

Olavo Bilac

 

CONTO (383)

 A GENEROSIDADE

Realizou-se uma grande festa no palácio real. Os súbditos trouxeram ao rei valiosas ofertas. Havia objectos de ouro, colares de pedras preciosas, estatuetas de marfim.

Como foi convidada toda a população da cidade, veio também à festa uma pobre viúva, pois muito admirava o rei pala sua sabedoria.

Porém, quando chegou o momento de apresentar ao rei as ofertas que cada um tinha trazido, ela sentiu-se confundida. Trazia simplesmente uma meada de lã branca, retirada das suas duas ovelhas, que era a única riqueza que possuía.

Quando chegou a sua vez de se aproximar do trono real para apresentar a sua oferta, algumas pessoas riram-se. Nesse momento, sem nada dizer, o rei inclinou-se respeitosamente, recebeu a oferta e deu ordem para se começar a festa.

A pobre viúva regressou a sua casa. Quando chegou, ficou assustada. A sua habitação, na floresta, estava rodeada pelos soldados do rei. Estavam a espetar paus de forma a circundar a casa com o fio de lã que tinha oferecido. Ela temeu o pior. Mas o comandante disse-lhe:

- Minha senhora, por ordem do nosso bom rei, toda a terra que ficar circundada pelo seu fio de lã fica a pertencer-lhe.

O perímetro da sua nova propriedade passou a corresponder ao comprimento da sua meada de lã. Recebeu na medida em que tinha dado.

 

 In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira

 

 

«Nunca devemos ter medo de ladrões ou assassinos. São perigos externos e os menores que existem. Temamos a nós mesmos. Os preconceitos é que são os ladrões; os vícios é que são os assassinos. Os grandes perigos estão dentro de nós. Que importância tem aquele que ameaça a nossa vida ou a nossa fortuna? Preocupemo-nos com o que põe em perigo a nossa alma.
Victor Hugo em Os Miseráveis
 

 

INFORMAÇÕES

 

RECEITAS DA PARÓQUIA DA RIBEIRA SECA

Arrematações do advento - 210,00€
Cortejo de oferendas - 530,30€
Beija pé - 252,00€
 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direcção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que virá à sua clínica os seguintes médicos:
Dr. ª Maria Graça Almeida, Ginecologista e Obstetra, no dia 10 de janeiro de 2012
Dr. ª Sílvia Dionísio, Dentista, de: 9 a 30 de janeiro de 2012
Dr. ª Alexandra Dias,  Pediatria, de 10 e 11 de fevereiro de 2012
Os  interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110 /   2 95 460 111
 

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Agenda Pastoral

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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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