Nº 518
SINAIS
SOLENIDADE DE EPIFANIA DO SENHOR
Tema
A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projecto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.
A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem excepção.
A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.
Dehonianos
MEDITAR
OS REIS MAGOS
Diz a Sagrada Escritura
Que, quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.
Estrela nova ... Brilhava
Mais do que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.
Avistando-a, os três Reis Magos
Disseram: “Nasceu Jesus!”
Olharam-na com afagos,
Seguiram a sua luz.
E foram andando, andando,
Dia e noite a caminhar;
Viam a estrela brilhando,
sempre o caminho a indicar.
Ora, dos três caminhantes,
Dois eram brancos: o sol
Não lhes tisnara os semblantes
Tão claros como o arrebol
Era o terceiro somente
Escuro de fazer dó ...
Os outros iam na frente;
Ele ia afastado e só.
Nascera assim negro, e tinha
A cor da noite na tez :
Por isso tão triste vinha ...
Era o mais feio dos três !
Andaram. E, um belo dia,
Da jornada o fim chegou;
E, sobre uma estrebaria,
A estrela errante parou.
E os Magos viram que, ao fundo
Do presépio, vendo-os vir,
O Salvador deste mundo
Estava, lindo, a sorrir
Ajoelharam-se, rezaram
Humildes, postos no chão;
E ao Deus Menino beijaram
A alava e pequenina mão.
E Jesus os contemplava
A todos com o mesmo amor,
Porque, olhando-os, não olhava
A diferença da cor …
Olavo Bilac
CONTO (383)
A GENEROSIDADE
Realizou-se uma grande festa no palácio real. Os súbditos trouxeram ao rei valiosas ofertas. Havia objectos de ouro, colares de pedras preciosas, estatuetas de marfim.
Como foi convidada toda a população da cidade, veio também à festa uma pobre viúva, pois muito admirava o rei pala sua sabedoria.
Porém, quando chegou o momento de apresentar ao rei as ofertas que cada um tinha trazido, ela sentiu-se confundida. Trazia simplesmente uma meada de lã branca, retirada das suas duas ovelhas, que era a única riqueza que possuía.
Quando chegou a sua vez de se aproximar do trono real para apresentar a sua oferta, algumas pessoas riram-se. Nesse momento, sem nada dizer, o rei inclinou-se respeitosamente, recebeu a oferta e deu ordem para se começar a festa.
A pobre viúva regressou a sua casa. Quando chegou, ficou assustada. A sua habitação, na floresta, estava rodeada pelos soldados do rei. Estavam a espetar paus de forma a circundar a casa com o fio de lã que tinha oferecido. Ela temeu o pior. Mas o comandante disse-lhe:
- Minha senhora, por ordem do nosso bom rei, toda a terra que ficar circundada pelo seu fio de lã fica a pertencer-lhe.
O perímetro da sua nova propriedade passou a corresponder ao comprimento da sua meada de lã. Recebeu na medida em que tinha dado.
In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira
INFORMAÇÕES
RECEITAS DA PARÓQUIA DA RIBEIRA SECA
CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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