Nº513
PRESTA ATENÇÃO…
Estamos muito perto das reuniões que nos revelam os saberes dos nossos alunos. Já estou a imaginar o rol de dificuldades que por ai vem:
- O Joaquim não consegue estar atento! É preciso estar sempre a dizer:« -Joaquim, presta atenção! Está quieto! Deixa de bater com a borracha! Não olhes lá para fora…». «Concentra-te Joaquim!»
É unânime que é preciso fazer alguma coisa pelo rapaz. Todos os cuidados… medidas… estudos… Projetos de recuperação.
Todos se vão preocupar com o Joaquim. É necessário que ele se concentre…
É necessário que deixe de olhar para o além.. É necessário que preste atenção.
Quando penso na Igreja, os batizados, as nossas eucaristias, parece-me que andamos um pouco como o Joaquim. Andamos distantes, com falta de atenção.
Neste tempo de Advento ouvimos os apelos da Liturgia da Palavra: «Vigiai». Ou seja, estejam atentos. Voltemo-nos para nós para podermos saber o que é essencial para que haja um Natal verdadeiro. Que seja Jesus a nascer de novo. Que não haja outras coisas a ocupar um lugar indevido. Que não haja trocas.
É necessário recuperar o verdadeiro espírito de Natal. Como um despertar para valores que andam afastados há muito, que já não são mais vividos.
Falta um pouco a mística do Natal, o seu calor que é mais interior, não feito de coisas que hoje nos espantam e dão alguma alegria mas no dia seguinte como que perdem o encanto.
O apelo e os estudos que são necessários para a concentração do Joaquim são os mesmos que são necessários para nós. São desafios que se colocam hoje a todos os que celebram e gostam do Natal. É preciso saber porque fazemos festa, saber porque celebramos em família e amigos. Saber a razão das ofertas e das mensagens. Não fazer só porque os outros fazem e porque sempre se fez.
Neste tempo de preparação para o Natal apetece-me pedir esta atenção ao essencial, até porque as coisas este ano, segundo me parece, não vão ser como eram e é necessário não cair na tristeza.
- Presta atenção!
- A quê?
- Ao verdadeiro Natal.
Pe. Manuel António
II DOMINGO DO ADVENTO
Meditando
O caminho do amor
Um pai contou-me, emocionado, uma lição que recebera da sua filha mais nova. Durante a missa do passado fim-de-semana, o Padre falou da preparação que era preciso fazer para o Natal. A miúda, desde a Igreja até casa, não parou de pedir coisas ao Pai, que comprasse isto, aquilo e mais outra coisa e tal. Por fim o pai perdeu a paciência (e só se perde aquilo que se tem):
- Compra-me isto! Compra-me aquilo! - explodiu - E tu? Já pensaste o que é que vais dar aos teus pais? Só falas em ti. E nós? O que tens para nos dar?
A resposta da filha deixou-o sem palavras:
- Só tenho amor. Disse simplesmente.
O amor é o lugar de encontro onde se cruzam os caminhos de Deus e o dos homens. Preparar os caminhos do Senhor é afinal apurar o coração, afinar o amor, partilhar aquilo que afinal todos têm. O amor deve ser a única coisa que quanto mais se dá mais se terá.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
QUANTOS SÃO 1+1?
O homem não é uma máquina.
Não entra em nenhuma engrenagem.
Não pode ser aprisionado
em fórmulas rígidas: 1+1=2!
Este resultado está matematicamente certo, mas não serve para o Homem.
O melhor de nós
não atinge na vida mais que 1,9 ou 1,8.
Mesmo que atinja menos,
não devo admirar-me
e, muito menos, queixar-me.
Se uma pessoa fez tudo o que pôde,
devo avaliá-la
sem ter em conta
os resultados obtidos.
Nesta era de computadores
e de aparelhos eletrónicos,
o homem corre o perigo
de se ver reduzido a um “robot”,
docilmente manipulado
para seguir à risca
o programa nele lançado.
Se a sociedade ameaça os homens,
estes têm de se defender.
Phil Bosmans in Amar
CONTO (379)
OS SAPATOS
Era uma vez um jovem que saiu de casa calçando uns sapatos novos que tinha comprado na véspera.
Quando os experimentou pareceram-lhe bons, mas agora sentia que eram demasiado apertados. Passadas algumas dezenas de metros, os pés começaram-lhe a doer.
Começou então a queixar-se aos amigos dizendo.
- Que desgraça! Só me faltava mais esta! Não posso mais!
Enquanto conversava no passeio com um colega, viu um coxo a quem faltava uma perna. Contudo, ia a cantar.
Mais adiante, cruzou-se com um cego que, de bengala, ia sorridente, saudando as pessoas. Mesmo sem ver, ele sentia a presença dos transeuntes.
Um pouco mais adiante, ia um jovem com um braço ao peito, que tinha partido numa queda. Contudo, ia a conversar alegremente com os amigos.
O jovem pensou um pouco e disse para consigo: «Que vergonha! Eu a lamentar-me por causa de uns sapatos e estas pessoas, mesmo sem pernas, olhos e braços, vão felizes!»
In TUTTI FRUTTI de Pedrosa Ferreira
OPERAÇÃO 10 MILHÕES DE ESTRELAS
Seja Portador da Luz e Mensageiro da Justiça da Solidariedade e da Paz.
Apoie a Operação 10 Milhões de Estrelas - Um Gesto Pela Paz 2011 da Cáritas Portuguesa.
“10 Milhões de Estrelas - Um Gesto Pela Paz” teve a sua origem em Annecy (França) em 1984, durante o tempo do Advento. Em 1991, a campanha tornou-se nacional e passou para o período do Natal.
No ano de 2002, “10 Milhões de Estrelas” atinge dimensão europeia quando cerca de 60 Cáritas, por toda a Europa, levam por diante acções conjuntas de iluminação de diversos espaços públicos. Em 2003, a operação ganha expressão mundial, dando visibilidade ao empenho da rede Cáritas a favor da paz e da solidariedade. Portugal adere pela primeira vez.
Em 2011, pelo nono ano consecutivo, a Cáritas Portuguesa organiza, em parceria com todas as Cáritas Diocesanas de Portugal Continental, Madeira e Açores, a Operação “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz e, contrariando uma visão meramente consumista do Natal, quer relembrar o seu verdadeiro sentido. O nascimento de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz.
Dos lucros obtidos com esta campanha, 65% reverterão para cada uma das Cáritas Diocesanas, sendo canalizados para projectos destinados a apoiar as famílias portuguesas em situação de carência. Os restantes 35% reverterão para a Cáritas Portuguesa e destinam-se a apoiar as vítimas dos conflitos na Somália.
VAMOS, JUNTOS, ACENDER UMA VELA,
SÍMBOLO DO NOSSO DESEJO DE JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE E PAZ PARA O MUNDO
Colabore com a Cáritas Portuguesa e, no dia 24 de Dezembro, acenda uma vela pela PAZ
"... Na morte cada um entra absolutamente só, levando consigo unicamente o que deu.
O que não deu fica aí e apodrece pouco a pouco; mas o que deu é transformado em ser e vai com a pessoa para a eternidade.
Porque o nosso ser constrói-se com o que damos..."
O que não deu fica aí e apodrece pouco a pouco; mas o que deu é transformado em ser e vai com a pessoa para a eternidade.
Porque o nosso ser constrói-se com o que damos..."
François Varillon, em "Alegria de Crer e Viver
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Nº 1176Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
Queria ter a posição dos claustros
A posição do monge antigo que os varre
A posição do moribundo que pergunta as horas
A posição das árvores quando as crianças sobem
A posição dos ramos quando os ninhos nascem
A posição de alguém que já não mora. Queria
Como se tivesse
A posição da casa e alguém me visitasse.
Daniel Faria
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