Nº 499
UM CORAÇÃO AO JEITO DE JESUS
Eis algumas qualidades importantes para moldarmos o nosso coração de acordo com o coração de Jesus Cristo:
Pedir perdão às pessoas a quem tenhamos magoado.
Não estar sempre a culpar os outros das coisas que nos correm mal.
Para que o nosso coração se pareça com o coração de Jesus temos de cultivar a humildade.
A humildade é a capacidade de se relacionar com as pessoas numa linha de verdade e saber situar-se socialmente de modo adequado e correcto.
Por outras palavras, ser humilde é ser verdadeiro em relação às nossas qualidades e defeitos.
Não é humilde a pessoa que se julga sempre superior, desprezando os outros.
É importante compreender e aceitar que ninguém é bom em tudo.
É verdade que em determinado aspecto podemos ser melhores que os outros.
Mas as pessoas humildes sabem que há outras pessoas que em certos aspectos são melhores do que nós.
A pessoa humilde sabe que precisa dos outros, pois ninguém se basta a si mesmo.
Além disso, tem consciência de que ninguém é capaz de ser feliz sozinho.
Ser humilde não significa pensar que não valemos nada.
Mas significa também que não devemos ter a pretensão de sermos indispensáveis, ao ponto de o mundo não poder continuar sem nós.
Para termos um coração parecido com o de Jesus precisamos de cultivar a mansidão e a amabilidade.
A mansidão e a amabilidade tiram força à agressividade dos outros.
No momento em que alguém esteja a ser agressivo para nós, se procurarmos ser amáveis e serenos ficaremos espantados com a nossa capacidade de vencer através da mansidão.
Foi esta a grande força de Jesus. É esta a força dos heróis e dos santos.
Calmeiro Matias (Adaptado)
XXII DOMINGO COMUM
Tema:
A liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir a “loucura da cruz”: o acesso a essa vida verdadeira e plena que Deus nos quer oferecer passa pelo caminho do amor e do dom da vida (cruz).
Na primeira leitura, um profeta de Israel (Jeremias) descreve a sua experiência de “cruz”. Seduzido por Jahwéh, Jeremias colocou toda a sua vida ao serviço de Deus e dos seus projectos. Nesse “caminho”, ele teve que enfrentar os poderosos e pôr em causa a lógica do mundo; por isso, conheceu o sofrimento, a solidão, a perseguição… É essa a experiência de todos aqueles que acolhem a Palavra de Jahwéh no seu coração e vivem em coerência com os valores de Deus.
A segunda leitura convida os cristãos a oferecerem toda a sua existência de cada dia a Deus. Paulo garante que é esse o sacrifício que Deus prefere. O que é que significa oferecer a Deus toda a existência? Significa, de acordo com Paulo, não nos conformarmos com a lógica do mundo, aprendermos a discernir os planos de Deus e a viver em consequência.
No Evangelho, Jesus avisa os discípulos de que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas passa pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
(Dehonianos)
MEDITAR
DOIS TIPOS DE AMOR
"Há dois tipos de pessoas, porque há duas formas de amor.
Um amor santo, outro egoísta.
Um que se preocupa com o bem comum em favor do entendimento mútuo e da fraternidade espiritual,
o outro procura submeter o bem comum ao próprio bem,
satisfazendo a arrogância e a ânsia de domínio;
um é submisso a Deus,
enquanto o outro trabalha para igualar-se a Deus.
Enquanto um trabalha pela paz,
o outro é insubordinado;
um prefere a verdade às honras humanas,
o outro anseia pelos louvores, ainda que sejam falsos;
um é amigo,
o outro é invejoso;
um deseja para o próximo o mesmo que deseja para si,
o outro deseja submeter o próximo a si mesmo;
um ajuda os demais interessado neles,
o outro se interessa-se por si mesmo."
Um amor santo, outro egoísta.
Um que se preocupa com o bem comum em favor do entendimento mútuo e da fraternidade espiritual,
o outro procura submeter o bem comum ao próprio bem,
satisfazendo a arrogância e a ânsia de domínio;
um é submisso a Deus,
enquanto o outro trabalha para igualar-se a Deus.
Enquanto um trabalha pela paz,
o outro é insubordinado;
um prefere a verdade às honras humanas,
o outro anseia pelos louvores, ainda que sejam falsos;
um é amigo,
o outro é invejoso;
um deseja para o próximo o mesmo que deseja para si,
o outro deseja submeter o próximo a si mesmo;
um ajuda os demais interessado neles,
o outro se interessa-se por si mesmo."
Santo Agostinho
CONTO (366)
DISCUSSÃO RELIGIOSA
Um dia, uma macaca andava a repetir por toda a floresta que apenas a sua religião é que era a verdadeira.
Encontrou-se com um gibão, que provinha de uma raça oriental e desconhecida, e começaram os dois a discutir animadamente. A macaca insistia:
- A minha religião é a única realmente verdadeira.
O gibão, vindo lá dos lados do oriente, chamou-lhe mentirosa. Mas a macaca, com ares de integralista, repetia:
- Não, a tua religião não pode ser verdadeira como a minha. Não podem existir duas verdades, por conseguinte, a tua é falsa!
O gibão, que tinha sido educado à tolerância e ao respeito pelas crenças dos outros, não suportava os arrogantes e os muito seguros das suas certezas. Parecia-lhe que era absurdo desprezar a religião do outro para exaltar a própria. E repetia à macaca:
- Está a pisar com superficialidade e arrogância um caminho feito por milhões de pessoas ao longo de muitos séculos. O caminho espiritual dos meus antepassados orientais é muito elevado e talvez mais antigo que o da tua tradição. Por que ofendes as pessoas que o seguem?
A sua animada discussão foi interrompida por um velho chimpanzé que estava a rezar diante de uma grande bananeira. Aproximou-se e entrou também ele na discussão teológica acerca da única e verdadeira religião. Disse:
- Como sois tontos! O verdadeiro Deus é grande e misericordioso, precisamente como o meu. Ele concede-me os seus frutos e faz-me repousar à sombra das suas folhas.
Estavam assim ocupados a discutir animadamente, quando notaram que havia um grande incêndio a aproximar-se deles e a ameaçar as suas vidas.
Quando se deram conta do perigo, o espanto foi tão grande que, acabadas as discussões, procuraram todos salvar a pele. A macaca e o gibão treparam apressadamente para uma árvore e depois lançaram uma corda ao velho chimpanzé. Assim também ele conseguiu subir para a árvore e depois, ajudando-se uns aos outros, conseguiram fugir os três da floresta em chamas.
Logo que se sentiram seguros, os três reflectiram acerca da experiência. A solidariedade demonstrada no momento do perigo, para além das divergências em questões de religião, convenceu-os de que era possível chegar a acordo acerca de factos, em vez de se agarrarem em princípios.
Cada qual pediu perdão por cada palavra pronunciada com menos respeito pelos outros. Quando chegou o momento de se separarem, a macaca disse:
- Temos de nos juntar mais vezes para nos ajudarmos uns aos outros. Assim, amando-nos mutuamente, caminharemos juntos para a verdade.
In CONTOS+MENSAGEM de Pedrosa Ferreira
"A vida é uma oportunidade dada por Deus para nos tornarmos quem somos, para afirmarmos a nossa própria e autêntica natureza espiritual. (...)
O mistério insondável de Deus é que Ele é um Enamorado que quer ser amado. Aquele que nos criou está à espera da nossa resposta ao amor que nos deu o ser. "
Henri Nouwen, em "Viver é Ser Amado
FESTA DE SANTO CRISTO
CALDEIRA
De 29 de Agosto a 3 de Setembro - Missa às 20h antecedida de confissões.
Dia 4 de Setembro:
- 9h00 - Eucaristia
- 11h00 - Eucaristia de Festa seguida de arrematações e procissão.
- 11h00 - Eucaristia de Festa seguida de arrematações e procissão.
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Nº 1177Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
"As santas que conheci não se preocupavam com sê-lo. Tinham todas as idades e aparências. E, em comum, o passar pelo mundo com uma grande naturalidade e alegria como se nunca tivesse havido lei nem moral.
Sem pensar, cada uma delas dava mais amor do que o sol luz.
Uma, já idosa, ocupava-se de um jardinzinho e dormia num quarto do tamanho de uma casca de noz.
Outra trazia consigo a alegria como um pardal que esvoaçasse nos seus olhos claros.
Uma terceira, com quatro anos de idade, descobria, nas brincadeiras de que não se fartava, razão bastante para rir o dia inteiro."
Christian Bobin, in Ressuscitar
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