Nº 1165
Escuta...
Dentro de cada um de nós estão todas as respostas.
Escuta...
Vivemos muitas vezes desligados do que somos e esquecemos de ouvir a nossa intuição, o que o coração nos diz.
Escuta...
Outras vezes, damos mais valor a tudo o que está fora: ao que os outros fazem, dizem ou pensam - aos "gurus" da vida.
Escuta...
A verdade, é que somos nós os sabedores da nossa existência. A vida palpita 38 milhões de vezes por ano dentro de cada um.
Escuta...
Somos esta integração: mente, corpo e espírito. Mas, com tanta dispersão, vemo-nos como partes desintegradas.
Escuta...
Acumulam-se máscaras todos os dias, que nos afastam de nós mesmos.
Com vontade de se chegar a todo lado corre-se o risco de não se chega a lugar nenhum.
Escuta...
Felizmente há sempre uma bússola...
Nós somos a nossa casa. O nosso coração é a nossa alma. Permitirmo-nos a esse encontro é permitirmo-nos ao amor.
E amar o próximo requer muito amor a si mesmo.
Escuta...
Já escutas-te o teu coração hoje?
Já ficaste apenas em silêncio a ouvir o que ele diz? O que tem para contar?
Escuta...
Aí está Deus. Aí estás tu.
Escuta(te)!
Carla Correia
MEDITAR
Não discutam Deus, mergulhem no seu mistério.
Eu sou o pão vivo, que desceu do céu. O poder da linguagem de Jesus, o seu mistério e a sua história manifestada não por raciocínio, mas por imagens: pão, vivo, desceu, céu. Quatro palavras e quatro metáforas, cada uma criadora, ricas em movimento, experiência, gosto e horizontes. Não explicam o mistério, mas fazem vibrar a tua vida, um mistério gozoso para ser apreciado e desejado. O pão de que estão a falar não é aquele punhado de água e farinha que passa pela mó e pelo fogo, contém muito mais: é o símbolo de tudo que há de bom e te mantém com vida
Os judeus começaram a murmurar contra Jesus. Mas como? Pretender ser o pão que caí do céu? Mas se veio como todos da sua mãe e do seu pai. Quer mudar a vida? E fazer o que o pão faz com o nosso corpo, que se esconde e desaparece no íntimo, e sem ruído. Não, o Deus omnipotente deveria fazer outra coisa: milagres poderosos, definitivos, evidentes, solares. Mas Deus não faz espetáculo. Afinal de contas, é a mesma crítica que também passamos entre nós: que afirma esse homem de dois mil anos fazer na minha vida? Pensa realmente em nos fazer viver melhor?
Não murmurem entre si .. Não desperdicem palavras para discutir Deus, podem fazer melhor: mergulhar no seu mistério. Pão que desce do céu. Nota: desce, por mil caminhos, de cem maneiras, como o pão no corpo; desce para mim agora, neste momento e continuamente. Posso optar por não o tomar como alimento, também posso relegá-lo ao domínio do imaginário, mas ele desce incansavelmente, envolve-me com boas energias. Estou imerso nele e ele está imerso em mim e alimenta o meu lado mais belo.
Não murmurem, comam. A passagem do evangelho de hoje é articulada em torno do verbo comer. Um gesto tão simples e diário, mas tão vital e poderoso, que Jesus escolheu como símbolo do encontro com Deus; ele descreveu a fronteira avançada do Reino dos Céus usando as parábolas do banquete, de convívio. O Pão que desce do céu é a autoapresentação de Deus como uma questão vital para o homem. O pão que comes faz com que vivas, e então vive de Deus e come a sua vida, sonha os seus sonhos, prefere aqueles que ele prefere. Aproximação do céu.
Surge uma pergunta: de que alimento a alma e os pensamentos? Estou a comer generosidade, beleza, profundidade? Ou pelo contrário alimento-me de egoísmo, intolerância, miopia de espírito, insensatez no viver, de medos? Se acolhemos pensamentos degradados, eles fazem-nos como eles. Se aceitarmos pensamentos do Evangelho e da beleza, eles irão nos transformar em guardiões da beleza e da ternura, o pão que salvará o mundo.
Ermes Ronchi
Quatro características de Nossa Senhora relacionadas com o Seu Filho Jesus
A visita de Maria a Isabel permite ao Evangelista Lucas compor uam cena carregada de uma atmosfera muito especial. João e Jesus entram em contacto, antes mesmo de terem nascido. As duas mulheres vão ser mães. As duas foram chamadas a colaborar no plano de Deus. Não há homens. Zacarias ficou mudo. José está surpreendentemente ausente. As duas mulheres ocupam toda a cena.
Maria, que partiu apressadamente de Nazaré, converte-se na figura central, mas tudo gira em torno do seu Filho. A sua imagem brilha com uns rasgos mais genuínos do que muitos outros que lhe foram adicionados ao longo dos séculos a partir de devoções e títulos afastados dos Evangelhos.
Maria, «a mãe do meu Senhor»
Assim o proclama Isabel em alta-voz e cheia do Espírito Santo. É certo: para os seguidores de Jesus, Maria é acima de tudo a Mãe de Nosso Senhor. Daí inicia toda a sua grandeza. Os primeiros cristãos nunca separam Maria de Jesus. São inseparáveis. «Abençoada por Deus entre todas as mulheres», ela nos oferece a Jesus, «fruto bendito do seu ventre».
Maria, a crente
Isabel declara-a ditosa porque «acreditou». Maria é grande não simplesmente pela sua maternidade biológica, mas por ter acolhido com fé o chamado de Deus para ser Mãe do Salvador. Soube escutar a Deus; guardou a sua Palavra dentro do seu coração; meditou-a; pô-la em prática cumprindo fielmente a sua vocação. Maria é Mãe crente.
Maria, a evangelizadora
Maria oferece a todos a salvação de Deus, que acolheu no seu próprio Filho. Essa é a sua grande missão e o seu serviço. Segundo o relato, Maria evangeliza não só com os seus gestos e palavras, mas porque aonde vai leva consigo a pessoa de Jesus e o seu Espírito. Isto é o essencial do ato evangelizador.
Maria, portadora da alegria
A saudação de Maria comunica a alegria que brota do seu Filho Jesus. Ela foi a primeira a escutar o convite de Deus: «Alegra-te… o Senhor está contigo.» Agora, a partir de uma atitude de serviço e de ajuda a quem necessita, Maria irradia a Boa Nova de Jesus, o Cristo, a quem ela sempre leva consigo. Ela é para a Igreja o melhor modelo de evangelização com alegria.
Jose António Pagola, Grupos de Jesus
PENSAMENTO DA SEMANA
“Amor é quem tu és. Quando não vives de acordo com o amor, estás fora de ser. Não estás a ser real. Quando amas, estás a agir de acordo com o teu ser mais profundo, com a tua verdade mais profunda. Estás a operar de acordo com a tua dignidade”
Richard Rohr
INFORMAÇÕES
MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA
No próximo domingo, 18 de agosto, às 16h30 horas.
FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
NORTE PEQUENO
FESTA: dia 15 de agosto - Missa às 11h00
FESTA DE NOSSA SENHORA DO GUADALUPE
MANADAS
Dia 15 de agosto - Missa às 10h00
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Agenda Pastoral
Destaque
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Nº 1168Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
«O amor é uma coisa «perigosa», só ele traz a única revolução que proporciona felicidade.
São poucos os que são capazes de amar, e tão poucos os que querem o amor.
Amamos segundo as nossas próprias condições, fazendo do amor um coisa de mercado. Temos mentalidade mercantil, mas o amor não é comercializável nem é um negócio de troca.
O amor é um estado de ser, no qual todos os problemas humanos se resolvem. Vamos ao poço com um dedal e assim a vida torna-se uma coisa sem qualidade, insignificante e limitada.»
J. Krishnamurti, in "Cartas a uma jovem amiga
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