Nº 806

NOSSA SENHORA DO CARMO

São Simão Stock pertencia a uma ilustre família do condado de Kent. Favorecido desde criança com graças extraordinárias, aos 12 anos, foi conduzido pelo espírito de Deus a um deserto, onde vivia em austera penitência; servia-lhe de morada o tronco de uma árvores donde lhe veio o sobrenome de Stock (tronco).

Vivia há 20 anos nesta solidão, ocupado na oração e penitência, quando chegaram a Inglaterra os religiosos carmelitas, expulsos da Palestina pela perseguição religiosa dos sarracenos. Não tardou Simão em juntar-se-lhes, logo que foi testemunha das suas virtudes e sobretudo da sua admirável devoção  à Santíssima Virgem, a quem ele amava com entranhada ternura. Em 1245 foi escolhido para Superior Geral da Ordem.

Entre a Samaria e a Galileia, na Terra Santa, eleva-se uma montanha de 600 metros de altitude, chamada Carmelo, onde o Profeta Elias realizou surpreendentes prodígios e onde o seu sucessor Eliseu viveu também. Estes dois profetas aí reuniram os seus discípulos e com eles viviam em ermidas. Aqui Elias terá visto Nossa Senhora simbolizada numa nuvem; aqui Maria, quando viveu na terra, terá vindo saudar os ermitas, sucessores dos dois grandes profetas.

Estes eremitas ter-se-ão sucedido através das gerações até que pelo ano de 1205 o Patriarca de Jerusalém Avogrado lhes deu a regra que se resume no trabalho, meditação das Escrituras, devoção a Maria Santíssima, vida contemplativa e mística. Por isso os Carmelitas se dizem fundados pelo Profeta Elias. Mas foi S. Bernoldo, que, pelos meados do séc. XII, lhes deu a organização de vida religiosa, com a regra do Patriarca de Jerusalém.

Quando no séc. XII, os muçulmanos conquistam a Tera Santa, mataram e perseguiram os eremitas do Monte Carmelo. Os que fugiram para a Europa, escolheram S. Simão Stock para seu Superior Geral.

No dia 16 de Julho de 1251 rezava o Santo no seu Convento pedindo fervorosa e ardentemente a Nossa Senhora que lhe desse um sinal do seu maternal carinho para com a Ordem por Ela tanto amada, mas então perseguida com violência. A Virgem ouviu as suas orações. Apresenta-se-lhe com o Escapulário na mão e diz-lhe:

«Recebe, meu filho, este Escapulário de tua ordem, que será o penhor do privilégio que alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este Escapulário será preservado do fogo eterno. É, pois, um sinal de salvação, uma defesa nos perigos e um penhor da minha especial proteção»

 

In Santos de Cada Dia

 

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Semeando…

Contou um Rabino que havia dois irmãos que sempre viveram na cidade e nunca tinham visto nem um campo nem uma pastagem. Um dia foram dar um passeio pelo campo. À medida que caminhavam viram um agricultor a arar.

– Que coisa mais estranha. Este sujeito passa o dia andando para cá e para lá rasgando a terra. Porque haveria de destruir este belo chão?

Mais tarde passaram de novo no mesmo lugar e viram-no a semear o terreno arado.

– Esta aldeia não é para mim, disse um dos irmãos. As pessoas aqui comportam-se de modo irracional. Vou para casa.

Mas o outro ficou e depois de algumas semanas viu uma maravilhosa diferença: a terra cobriu-se de plantinhas verdes. Escreveu ao irmão para que voltasse. Aquele veio e ficou admirado. Com o passar dos dias a terra transformou-se num campo dourado de trigo maduro. Compreenderam então o comportamento do agricultor….Ao semear um saco de trigo, ele tinha colhido um campo inteiro.

É assim que Deus trabalha, concluiu o rabino. Nós, mortais, só vemos o começo do seu plano.

Não podemos entender o plano total e o fim último da sua criação. Temos que confiar na sua sabedoria.
Este semeador é Deus que cumpre a sua missão e semeia com generosidade. Ele dá as mesmas oportunidades a todos. A semente é igual para todos, sempre útil para alguém, mais não seja para os pardais. Tem sempre capacidade de germinar desde que lhe deem essa oportunidade.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

MEDITAR

O valor e o significado do Escapulário 

O Escapulário funda as suas raízes na tradição da Ordem, que o interpretou como sinal da proteção materna de Maria. Contém em si mesmo, a partir desta experiência plurissecular, um significado espiritual aprovado pela Igreja:  

- representa o compromisso de seguir Jesus como Maria, o modelo perfeito de todos os discípulos de Cristo. Este compromisso tem a sua origem no batismo que nos transforma em filhos de Deus. Por ele a Virgem Maria ensina-nos a:  

- viver abertos a Deus e à sua vontade, manifestada nos acontecimentos da vida;  

- escutar a Palavra de Deus na Bíblia e na vida, a crer nela e a pôr em prática as suas exigências;  

- orar em todo o momento descobrindo Deus presente em todas as circunstâncias;  

- viver próximos aos nossos irmãos na necessidade e a solidarizar-se com eles;  

- introduz na fraternidade do Carmelo, comunidade de religiosos e religiosas, presentes na Igreja há mais de oito séculos, e compromete a viver o ideal desta família religiosa: a amizade íntima com Deus através da oração;  

- põe-nos diante do exemplo das santas e dos santos com os quais estabeleceu uma relação familiar de irmãos e irmãs.  

Exprime a fé no encontro com Deus na vida eterna pela intercessão de Maria e sua proteção. 

O Escapulário do Carmo não é:  

–Um sinal de proteção mágica, um amuleto;  

–Uma garantia automática de salvação;  

–Uma dispensa de viver as exigências da vida cristã.  

É um sinal:  

– aprovado pela Igreja há sete séculos;  

– que representa o compromisso de seguir Jesus como Maria:  

– abertos a Deus e à sua vontade;  

 

CONTO (656)

 

OS CAMINHOS DO AMOR

Muitos eremitas viviam nas proximidades de uma fonte. Cada qual tinha construído a sua cabana e passava o dia em absoluto silêncio, meditando e rezando.

Deus quis ir visitá-los, porém não conseguia encontrar o caminho. Lá do céu só via pequenos pontinhos na vastidão do deserto.

Um dia, um dos eremitas decidiu ir visitar um outro. No chão ficaram as pegadas. Depois esse eremita retribuiu a visita e ficou aberto um carreiro. Os outros eremitas começaram a visitar-se uns aos outros e, a um certo momento, depois de tantos percursos, começaram a aparecer caminhos a unir as cabanas.

Deus, lá do alto do céu, disse:

- Parece que já vejo o caminho para chegar junto das cabanas dos meus amigos eremitas.

Por isso, Deus decidiu ir visitar cada um desses bons homens, levando-lhes uma palavra de amor.

Depois de ter visitado todos os eremitas, pediu-lhes que se reunissem todos junto da fonte de água fresca. Era uma tarde muito quente. Todos beberam dessa água fresca. Deus, ao despedir-se, disse-lhes:

- Continuai a vossa vida de oração, mas continuai a visitar-vos. Não deixeis que cresçam árvores nos caminhos que abristes, os caminhos da fraternidade.

In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira

 

Ensina-me a empreender um novo início,

a destruir os esquemas de ontem,

a deixar de dizer «não posso» quando posso,

«não sou» quando sou,

«estou bloqueado» quando estou totalmente livre.

 

Rabbi Nachman Di Braslav

 


MANADAS

Festa de Nossa Senhora do Guadalupe às 14horas Missa, seguida de arrematações e Procissão.

 

 


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Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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