Nº 436

 

ENCERRAMENTO

No dia em que preencho esta página, ocorre o encerramento do Ano Sacerdotal. É dia da festa do Sagrado Coração de Jesus.

Dia em que se celebra o amor misericordioso e incondicional de Deus.

Especial atenção foi dada ao Santo Cura D’Ars, patrono dos párocos, que tem ensinamentos e exemplos muito belos que registo para nossa meditação embora, tenham de ser lidos à distância de 150 anos, praticamente.

Dizia ele: «Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina». Falava do sacerdócio como se não conseguisse alcançar plenamente a grandeza do dom e da tarefa confiados a uma criatura humana: «Oh como é grande o padre!  Se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria.

Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia». E, ao explicar aos seus fiéis a importância dos sacramentos, dizia: «Sem o sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor. Quem O colocou ali naquele sacrário? O sacerdote.

Quem acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a há-de preparar para comparecer diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote. E se esta alma chega a morrer [pelo pecado], quem a ressuscitará, quem lhe restituirá a serenidade e a paz? Ainda o sacerdote. Depois de Deus, o sacerdote é tudo!  Ele próprio não se entenderá bem a si mesmo, senão no céu».

«Se compreendêssemos bem o que um padre é sobre a terra, morreríamos: não de susto, mas de amor. Sem o padre, a morte e a paixão de Nosso Senhor não teria servido para nada.

É o padre que continua a obra da Redenção sobre a terra. Que aproveitaria termos uma casa cheia de ouro, senão houvesse ninguém para nos abrir a porta? O padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o ecónomo do bom Deus; o administrador dos seus bens. Deixai uma paróquia durante vinte anos sem padre, e lá adorar-se-ão as bestas. O padre não é padre para si mesmo, é-o para vós».

Somos levados a agradecer o dom do sacerdócio. Aquele que recebemos pelo nosso Baptismo e o que se recebe pelo sacramento da Ordem.

 

XI DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema:

A liturgia deste domingo apresenta-nos um Deus de bondade e de misericórdia, que detesta o pecado, mas ama o pecador; por isso, Ele multiplica “a fundo perdido” a oferta da salvação. Da descoberta de um Deus assim, brota o amor e a vontade de vivermos uma vida nova, integrados na sua família.

A primeira leitura apresenta-nos, através da história do pecador David, um Deus que não pactua com o pecado; mas que também não abandona esse pecador que reconhece a sua falta e aceita o dom da misericórdia.

Na segunda leitura, Paulo garante-nos que a salvação é um dom gratuito que Deus oferece, não uma conquista humana. Para ter acesso a esse dom, não é fundamental cumprir ritos e viver na observância escrupulosa das leis; mas é preciso aderir a Jesus e identificar-se com o Cristo do amor e da entrega: é isso que conduz à vida plena.

O Evangelho coloca diante dos nossos olhos a figura de uma “mulher da cidade que era pecadora” e que vem chorar aos pés de Jesus. Lucas dá a entender que o amor da mulher resulta de haver experimentado a misericórdia de Deus. O dom gratuito do perdão gera amor e vida nova. Deus sabe isso; é por isso que age assim.

(Dehonianos)

 

CONTO (307)

VIVER ERGUIDOS

Uma vez, o jardineiro plantou uma nova árvore e atou-a a um robusto arbusto e atou-a a um robusto pau para que ajudasse a crescer direita.

Quando o vento a convidava a dançar, a jovem árvore agitava-se e gritava:

- Pau, porque me agarras assim? Olha como todas as outras árvores bailam. Por que é que eu tenho de estar assim rígida?

O pau respondeu:

- Se eu te largasse, tu partias-te. Ou então ficarias defeituosa.

Mas a jovem árvore insistia:

- És um velho. Deixa-me em paz.

Ela bem tentava separar-se dele mas não conseguia. Ele queria apenas o bem da árvore ainda em fase de crescimento.

Um dia, veio uma grande tempestade. A árvore assustou-se  muito e o pau dizia-lhe:

- Agarra-te a mim!

Ela assim fez. Foram momentos difíceis mas, no fim, a árvore salvou-se. Apenas o pau, por ser já velho, se partiu em dois pedaços.

O pau ficou para ali no chão a apodrecer, depois de ter gasto a vida para que a pequenina árvore crescesse.

Nesse momento, a jovem árvore chorou, pois foi graças a ele que ainda permanecia de pé.

 In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira

 

O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura. E que a doçura que não se prova se transfigura noutra doçura muito mais pura e muito mais nova.

(Miguel Torga)

 

Usa a capacidade que tens. A floresta ficaria silenciosa se só o melhor pássaro cantasse.

(Oscar Wilde)

 


 

REUNIÃO PARA A 1º COMUNHÃO E PROFISSÃO DE FÉ

Na próxima quinta-feira, 17 de Junho, pelas 17 horas haverá uma reunião na Igreja Matriz da Calheta, para os alunos da 3º e 6º anos de catequese para se prepararem para a Primeira Comunhão e Profissão de Fé. Os pais e padrinhos e  quem quiser, pode participar.

 

MATRÍCULAS

Informam-se os encarregados de educação que se encontram abertas, até ao dia 15 de Junho, as matrículas para quem vai frequentar pela primeira vez a Escola Primária e o Jardim de Infância da Calheta. Mais se informa que as matrículas para o 1º ano serão realizadas na Escola Secundária da Calheta, nos Serviços Administrativos. As do Jardim serão feitas pelas Educadoras do Jardim..

Os Encarregados de Educação deverão levar os documentos pessoais dos seus filhos e o cartão de vacinas actualizado.

 

COLECTAS “CARTA FAMILIAR”

Ribeira da Areia 58,€; Beira 156,80€; Urzelina 270€; Santo António 178€

 


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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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