Nº 761

 

PORQUE ELE NOS AMOU PRIMEIRO (1 Jo 4,19) Meu Deus, eu caminhava para Ti, 
mas já os Teus passos se aproximavam de mim.


Eu desejava esperar-Te, 
e soube, então, que eras Tu quem me aguardava.


Eu desejava procurar-Te, 
e vi que eras Tu que andavas  à minha procura.


Eu pensava: até que enfim, encontrei-O! 
mas senti-me encontrado por Ti.


Eu queria dizer-Te: Amo-Te, 
mas fui eu que Te ouvi dizer: Quero-te muito!


Eu tinha resolvido escolher-Te, 
mas Tu já me tinhas escolhido.


Eu tencionava escrever-Te, 
mas, entretanto, chegou-me a Tua carta.


Eu desejava viver em Ti, 
mas descobri que Tu já vivias em mim.


Eu queria pedir-Te perdão, 
e soube que Tu já me tinhas perdoado.


Eu queria oferecer-me todo a Ti, 
mas recebi o dom gratuito de Ti mesmo.


Eu tentei oferecer-Te a minha amizade, 
e recebi o dom do Teu imenso amor.


Eu queria chamar-Te: Abbá! Pai! 
e já Te ouço dizer: Meu filho muito amado!


Eu desejava convidar-Te para estares no mais íntimo da minha alma, 
e de Ti recebi o convite para entrar na Tua intimidade.


Eu dispunha-me a alegrar-me por ter voltado para Ti,
mas encontrei-Te feliz com o meu regresso.


Meu Deus, serei eu alguma vez o primeiro?!

 
Fenando
 
XXIII DOMINGO TEMPO COMUM
A liturgia deste domingo convida-nos a tomar consciência de quanto é exigente o caminho do “Reino”. Optar pelo “Reino” não é escolher um caminho de facilidade, mas sim aceitar percorrer um caminho de renúncia e de dom da vida.

 

É, sobretudo, o Evangelho que traça as coordenadas do “caminho do discípulo”: é um caminho em que o “Reino” deve ter a primazia sobre as pessoas que amamos, sobre os nossos bens, sobre os nossos próprios interesses e esquemas pessoais. Quem tomar contacto com esta proposta tem de pensar seriamente se a quer acolher, se tem forças para a acolher… Jesus não admite meios-termos: ou se aceita o “Reino” e se embarca nessa aventura a tempo inteiro e “a fundo perdido”, ou não vale a pena começar algo que não vai levar a lado nenhum (porque não é um caminho que se percorra com hesitações e com “meias tintas”).

 

A primeira leitura lembra a todos aqueles que não conseguem decidir-se pelo “Reino” que só em Deus é possível encontrar a verdadeira felicidade e o sentido da vida. Há, portanto, aí, um encorajamento implícito a aderir ao “Reino”: embora exigente, é um caminho que leva à felicidade plena.

 

A segunda leitura recorda que o amor é o valor fundamental, para todos os que aceitam a dinâmica do “Reino”; só ele permite descobrir a igualdade de todos os homens, filhos do mesmo Pai e irmãos em Cristo. Aceitar viver na lógica do “Reino” é reconhecer em cada homem um irmão e agir em consequência.

 

 

 

Dehonianos

 

 
MEDITAR
 
MORRE LENTAMENTE
 
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
 
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o “preto no branco”
e os pingos nos “ii” a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
 
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, 
desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
 
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar.

Estejamos vivos, então!
 
Martha Medeiros
 
CONTO (620)
 
ABRAÇO DE DEUS
Uma avó conta-me que um dia a sua filha telefonou-lhe das Urgências do Hospital. Sua neta, Robin, de apenas seis anos, tinha caído de um brinquedo, no pátio da escola, e tinha ferido gravemente a boca.

 

A avó foi buscar as irmãs de Robin à escola e passou uma tarde agitada e muito tensa, cuidando das crianças, enquanto aguardava que a filha voltasse com a menina magoada.

 

Quando chegaram, as irmãs mais pequenas de Robin correram para os braços da mãe. Robin entrou silenciosa em casa e foi sentar-se na grande poltrona da sala de estar.

 

O médico tinha suturado a boca da menina com oito pontos internos e seis externos. O rosto estava inchado, a fisionomia estava modificada e os fios dos cabelos compridos estavam cheios de sangue seco.

 

A menina parecia frágil e desamparada. A avó aproximou-se com o máximo cuidado. Conhecia a neta, sempre tímida e reservada.

 

A avó perguntou-lhe:

 

- Desejas alguma coisa, querida?

 

Os olhos da menina fitaram a avó firmemente e ela respondeu-lhe:

 

- Quero um abraço.

 

 

 

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
 
 Carlos Drummond de Andrade

 

INFORMAÇÕES
 
 

 

Os interessados podem fazer a sua marcação para os números 295 460 110/ 295 460 111.
 
FESTA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO
BISCOITOS
                Tríduo - 7, 8 e 9 de setembro às 20 horas.
                Confissões - 8 e 9 de setembro das 19 às 20 horas
                Festa - 11 de setembro:
                                - Eucaristia de festa às 12 horas.                 
                         - Procissão às 18h30 minutos.
 
FESTA DE NOSSA SENHORA DE LURDES
FAJÃ DOS CUBRES
Tríduo - 7, 8 e 9 de setembro às 20 horas.
Festa - 11 de setembro:
              - Eucaristia de festa às 11 horas, a seguir as arrematações e procissão.
 

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Jesus veio ensinar-nos a conhecermo-nos tais como somos,
com a nossa vocação profunda para o amor,
com todos os nossos dons,
com toda a beleza que está em nós,
mas também com tudo o que está ferido,
com tudo o que é frágil,
com tudo o que é pobre.

Jean Vanier, in A Fonte das Lágrimas

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