Diocese de Angra vai abrir Ano da Fé no Dia Mundial das Missões
A Igreja Católica de Angra, nos Açores, vai realizar este domingo a abertura do Ano da Fé, associando-a à comemoração do Dia Mundial das Missões.
Numa carta pastoral, o bispo diocesano, D. António de Sousa Braga, explica a escolha deste dia com a necessidade de reforçar a “missão de testemunhar o Evangelho de Jesus”, no meio das dificuldades que tocam o país.
“Uma situação de crise reclama mudanças, tanto nas pessoas, como nas estruturas, tanto na sociedade, como na Igreja.”.
Existem muitos “acontecimentos” que devem motivar os católicos à ação, desde o “Outubro Missionário” que está a decorrer, passando pelo Sínodo dos Bispos sobre a “Nova Evangelização para a Transmissão da Fé”, que reúne em Roma responsáveis católicos de todo o mundo.
O Bispo recorda ainda a comemoração do 50.º aniversário do início do Concílio Vaticano II (1962-1965), saído da “intuição do Papa João XXIII” para adaptar a Igreja Católica aos novos tempos e “cuja atualidade é manifesta”.
Entre o programa de “arranque do Ano da Fé”, marcado para as 17h00, na igreja matriz de Ponta Delgada, está também a “celebração do Dia da Igreja Diocesana”, marcado para 4 de novembro e que terá como principal objetivo “promover a comunhão e corresponsabilidade” entre todas as comunidades da região.
“O sujeito da evangelização não é uma elite, a quem se delega este encargo, mas todos os membros do Povo de Deus, que devem participar ativamente na missão da Igreja, cada um pela parte que lhe compete. Todos os batizados e crismados são corresponsáveis pela missão da Igreja”.
Através da celebração dos 150 anos do Seminário Episcopal de Angra, no dia 9 de novembro, e da Semana dos Seminários, entre 11 e 18 do mesmo mês, a Igreja Católica local quer “intensificar a oração ao Senhor, para que mande operários para sua messe”.
Neste momento, a formação dos 21 seminaristas de Angra está ameaçada por causa de problemas relacionados com o “reconhecimento académico dos estudos realizados no Seminário”, situação que espera “se resolva o mais cedo possível”.
In Agência Ecclesia (adaptado)
XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
O primeiro e o último
O Evangelho propõe-nos uma inversão de valores: São os discípulos a pedir que Deus faça a sua vontade em vez de procurarem fazer a vontade de Deus. É Jesus a dizer que só é grande quem for servo; só é o primeiro quem se colocar em último lugar, servindo em vez se procurar ser servido.
Isto faz-me lembrar três exemplos:
Uma professora bibliófila ensinou-me que são as letras grandes que dão o nome aos livros mas são as letras pequenas que fazem os livros. Se procurarmos só as letras grandes, seremos livros apenas com título mas vazios por dentro. Mais vale um livro sem título do que um título sem livro, ou seja, sem conteúdo.
Em segundo lugar, o Pe. António Vieira alertava, no seu tempo: "Antigamente os ministros estavam às portas da cidade para servir o povo. Hoje as cidades estão às portas dos ministros para servi-los." E todos nós somos ministros ou servidores.
Finalmente, conheci um Padre italiano que se chamava Primo, Primeiro de nome e primeiro de facto. Era sempre o primeiro em tudo. Mas na verdade era o último a perder a paciência, o último a ter medo, o último a escapar-se. Os seus amigos eram os primeiros a protestar, os primeiros a fugir... E ele, apesar de Primo, foi toda a vida o último.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
PARA ESCREVER UM SIMPLES VERSO
Para escrever um simples verso,
é preciso conhecer muitas cidades, homens, animais
é preciso ter a alma aberta
para o voo dos pássaros
e ser capaz de perceber os gestos das flores
que se abrem ao amanhecer
Para escrever um simples verso,
é preciso viajar por regiões desconhecidas.
Estar preparado para encontros e desencontros inesperados.
É preciso saber voltar a momentos de nossa infância
que até hoje não conseguimos compreender.
É preciso lembrar do que sentimos
quando ferimos alguém
que sempre nos desejou o melhor possível.
Para escrever um simples verso,
é preciso passar muitas manhãs diante do mar,
muitas tardes diante o pôr-do-sol
muitas noites diante de quem amamos
tudo isso para escrever um simples verso.
Para escrever um simples verso,
não basta lembrar-se do passado
é preciso saber esquecer
e ter paciência para esperar
até que suas lembranças
retornem novamente.
Porque um verso não é feito de memórias
ele transforma-se em nosso sangue,
e se confunde com a própria existência.
Só então chega o momento mágico
quando nasce a primeira palavra.
e ela traz consigo o verdadeiro poema.
Rainer Maria Rilke
CONTO (423)
O SINAL
Um pobre náufrago chegou à praia de um ilhéu deserto agarrado a um pedaço de madeira da barca onde viajava.
O pobre homem começou a rezar pedindo a Deus que o salvasse. Todos os dias olhava para o horizonte, na esperança de ver alguém que viesse em sua ajuda.
Passados alguns dias, organizou-se. Fabricou instrumentos para caçar e cultivar, e conseguiu fazer fogo. Construiu uma cabana para se proteger das tempestades. O pobre homem continuava a sua oração, mas não aparecia ninguém.
Um dia, uma imprevidência e o fogo incendiou a cabana do náufrago. Densas colunas de fumo negro se elevaram para o céu. Os esforços de alguns meses, em pouco tempo, reduziram-se a um monte de cinzas.
O náufrago, prostrado na areia, chorava e dizia:
- Porquê, meu Deus? Porquê mais esta desgraça?
Pouco tempo depois, um navio atracou numa ilha vizinha. Vieram buscá-lo num salva-vidas.
O náufrago, incrédulo, perguntou:
- Como souberam que eu estava aqui?
Responderam:
- Vimos sinais de fumo.
In Alegre Manhã de Pedrosa Ferreira
«A alegria é um pássaro que só vem quando quer. Ela é livre.
O máximo que podemos fazer é quebrar todas as gaiolas e cantar uma canção de amor, na esperança de que ela nos ouça.
Oração é o nome que se dá a esta canção para invocar a alegria.»
Ruben Alves
INFORMAÇÕES
CATEQUESE NA CALHETA
1º ano - terça após a escola
5º ano - sexta após a escola
MUDANÇA DE HORA
No próximo fim de semana muda a hora. À uma hora da manhã de sábado para domingo os relógios devem ser atrasados em sessenta minutos.
CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA
A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na sua Clínica o Dr. Carlos Aguilar, especialista em Oftalmologia, no dia 26 de outubro de 2012 e a Dr. ª Maria Graça Almeida Especialista em Ginecologia – Obstetrícia no dia 20 de novembro de 2012
Os eventuais interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110 / 295460111.
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VELAS
A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Velas informa os seus associados que poderão usufruir o desconto de 5% em alguns bens adquiridos no Hipermercado Compre Bem e de 3 cêntimos em cada litro de combustível adquirido na Bomba GALP de S. Pedro. Para o efeito, deverão dirigir-se aos Serviços Administrativos a fim de obterem os respetivos cartões.
Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 559
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)