Nº 548

 

SALMO 176
Meu Senhor e meu Dono,
Deus que atravessas de Luz todos os entardeceres da Vida e das vidas,
Nascente da Lealdade que preside à História e à estrutura de Sentido,
não quero deixar apagar-se o último luzeiro desta jornada sem Te gritar o que sinto:
ajuda-me a sintonizar com o Futuro!
 
Ajuda-me, oh Deus que nos precedes sempre,
ajuda-me a sintonizar com essa Tua Palavra cheia de Futuro,
de maneira a que eu gaste os meus dias
naquilo que possa tragar a apatia e vencer as leis da morte.
 
Às vezes, meu Dono, tornamo-nos peritos em “manutenção”…
Sinto-o na pele enquanto Igreja,
enquanto membro deste Corpo Vivo de Discípulos que nasceu nas costas de Jesus…
Às vezes não sabemos mais do que “manter” e “preservar”
e pedir-Te desesperadamente
que continues a aprovar e subsidiar os nossos esforços de não-mudança!
 
É por isso que eu Te peço nesta noite,
neste entardecer que sinto envolver também uma determinada maneira de ser Igreja:
ajuda-me a sintonizar com o Futuro!
Ajuda-me, em comunhão com muitos irmãos meus,
a intuir por onde andas, por onde Te moves nesta Hora mais à vontade,
para onde tens voltados os Teus olhos e com que tens ocupadas as mãos…
 
Ajuda-me a não Te bombardear com as minhas respostas todas
pedindo-Te parte nelas,
mas a fazer as perguntas mais certeiras diante de Ti.
Porque não Te experimento, na Fé,
como a máxima e permanente resposta para todas as coisas,
mas o absoluto Desafio,
o Confronto com as nossas realidades repetitivas,
a Rutura com a segurança mórbida das nossas queixas
e o Motivo mais firme
para todas as ousadias em nome do Amor, da Liberdade e da Dignidade de todos…
 
Acredito, meu Senhor e meu Dono,
que não posso exigir respostas prontas ao Deus de um Messias Crucificado
mas sim o dom do Espírito
que me conduza à Lucidez da Esperança e à Loucura da Liberdade!
 
ámen ámen ámen
Rui Santiago cssr
 
 XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Tema
A liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum repete, no essencial, a mensagem das leituras do passado domingo. Assegura-nos que Deus está empenhado em oferecer ao seu Povo o alimento que dá a vida eterna e definitiva.
A primeira leitura dá-nos conta da preocupação de Deus em oferecer ao seu Povo, com solicitude e amor, o alimento que dá vida. A ação de Deus não vai, apenas, no sentido de satisfazer a fome física do seu Povo; mas pretende também (e principalmente) ajudar o Povo a crescer, a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas, a sair do seu fechamento e a tomar consciência de outros valores.
No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “pão” da vida que desceu do céu para dar vida ao mundo. Aos que O seguem, Jesus pede que aceitem esse “pão” – isto é, que escutem as palavras que Ele diz, que as acolham no seu coração, que aceitem os seus valores, que adiram à sua proposta.
A segunda leitura diz-nos que a adesão a Jesus implica o deixar de ser homem velho e o passar a ser homem novo. Aquele que aceita Jesus como o “pão” que dá vida e adere a Ele, passa a ser uma outra pessoa. O encontro com Cristo deve significar, para qualquer homem, uma mudança radical, um jeito completamente diferente de se situar face a Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.
Dehonianos
 
MEDITAR
 
CRIANÇAS E PEDRAS
Sobre Deus, uma história:

Era uma vez uma criança. Uma criança que tentava levantar uma pedra. Porém, e apesar do seu esforço, nem sequer a conseguia mexer.

O pai, que a observava já há algum tempo, disse-lhe finalmente:

- Ouve, tens a certeza de que estás a usar toda a tua força?

- Sim, tenho - respondeu o filho.

- Não estás não. É que ainda não me pediste para te ajudar - disse-lhe o pai.

Que é como quem diz:«Façamos o pouco que nos toca a nós realizar, mas façamo-lo. Depois entreguemos o resto a Deus, que nos ama com amor infinito."
Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais..."
 
 
CONTO (412)
 
A ALEGRIA DE SERVIR
Era um dia de festa dos idosos. Um dia muito esperado por todos, pois essa festa vinha quebrar a monotonia dos dias de solidão.
Foram convidados para refeição festiva e para a festa de variedades diversas personalidades importantes da cidade.
Durante a refeição, um dos idosos levantou-se e começou a servir tão ilustre os hóspedes. Um deles disse-lhe:
- Pode ir sentar-se, que eu sirvo-me a mim mesmo.
Um outro ilustre convidado, pelo contrário, deixou que fosse servido por esse dedicado idoso.
Um colega do lado disse-lhe:
- Então permites ser servido por esse idoso? Eles é que necessitam de alguém que os ajude e sirva.
O convidado respondeu:
- Quando eu sirvo alguém, sinto-me feliz. Por que razão não deixar que esse homem se sinta também feliz, servindo-nos?
Os outros hóspedes certamente que não se deram conta dessa situação.
Mas o certo é que na parede desse lar estava este lindo cartaz com a frase: «Servi e senti o que era a alegria!»
 In Alegre Manhã de Pedrosa Ferreira
SEMEAR ALEGRIAS
A verdadeira alegria é um dom de Deus. Deus é festa, é alegria eterna. Vivendo a alegria cristã partilhamos a vida de Deus com mais fulgor e intensidade.
O cristão deve ser o homem da alegria. Esta nasce da fé e da esperança em Deus que é fiel. Nasce da certeza da vitória e da ressurreição do senhor. Nasce da certeza que temos o Espírito em nós, que Deus nos ama, que Jesus está connosco. Um filho de Deus não pode andar triste, viver triste.
Mesmo no sofrimento deve encontrar a paz e a alegria pois tudo reverte em favor dos que amam a Deus.
Temos a tentação de nos deixar seduzir pelas alegrias que não nos cumulam de Deus, do divino, do sagrado. Caricaturas da verdadeira alegria que nasce da fidelidade, da consciência do dever cumprido, do amor autenticamente evangélico.
Semear alegria, fazer os outros mais felizes à nossa volta, preocupar-nos em alegrá-los. Um sorriso, uma delicadeza, uma escuta atenta, uma partilha de bens, uma atenção generosa. Não é necessário muito para que os outros se sintam mais alegres e mais felizes.
In Firmes na Fé de Dário Pedroso

 

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdiço da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."
 
Carlos Drummond de Andrade
«...O amor - como um riacho - deve estar em constante movimento... Mas o que acontece com a maioria dos casais? Eles acham que as águas do rio correm sempre, e não se preocupam mais. Então, o inverno chega, e estas águas congelam; só aí compreendem que nada nesta vida é absolutamente garantido.»
Kahlil Gibran

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